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Histórico e até macabro, bairro vai além da feirinha dominical

San Telmo, numa região bem antiga de Buenos Aires, tem igreja jesuítica e museu prisional

Porém, se a ideia é sair atrás de quinquilharias, a calle Defensa abriga barraquinhas de terça a domingo, desde as 10h

DANIEL MÉDICI
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

San Telmo, um dos bairros mais antigos de Buenos Aires, se tornou mais conhecido pela feira de antiguidades que acontece aos domingos na praça Dorrego e ao longo da calle (rua) Defensa.

Nos outros dias da semana, porém, também é possível fazer passeios quase que alternativos pela região. Um bom ponto de partida é a igreja de San Pedro de Telmo, conhecida como Nuestra Señora de Belén (calle Humberto 1º, 340), uma das mais antigas da capital argentina.

A construção original, realizada pelos jesuítas, data de 1734, mas teve diversas adições posteriores. A imponente fachada barroca tem duas torres, divididas em três seções: as primeiras são do projeto original, enquanto as duas posteriores, octogonais, foram feitas em 1852. Elas chegam a 40 metros de altura.

Logo ao seu lado (calle Humberto 1º, 378), está o museu Penitenciario, geralmente muito concorrido nos dias de feira. Ele funciona de quinta a domingo, das 14h às 18h, e a entrada é gratuita.

Inicialmente, o edifício era uma escola anexa à igreja e funcionou pela primeira vez como prisão em 1767, quando o imperador espanhol Carlos 3º ordenou a expulsão dos jesuítas -os religiosos permaneceram encarcerados lá até a deportação.

Atualmente, o museu tende a agradar os espíritos mais macabros: a exposição conta histórias de crimes famosos no país, com armas feitas dentro da prisão, algumas do início do século 20, e possui cômodos que simulam celas de diferentes épocas.

Trabalhos de arte de detentos, incluindo um modelo em escala de um barco de madeira, também estão à mostra.

Quem quiser caçar antiguidades não precisa esperar o fim de semana para visitar San Telmo. Seguindo pela calle Defensa, logo abaixo do viaduto por onde passa a autopista 25 de Mayo, há bancas de terça a domingo, a partir das 10h, que vendem de tudo -de brinquedos a abajures. Nos fins de semana, há uma feira paralela à oficial.

Já no fim da rua, após a avenida Brasil, começa o parque Lanzama, grande espaço verde decorado com réplicas de esculturas famosas, que também abriga uma quadra de tênis e, do lado oposto, o Monumento à Cordialidade Uruguaio-Argentina.

Encostado ao parque está o edifício do Museo Historico Nacional (calle Defensa, 1.600), que vive períodos de turbulência à altura do país que representa. Se encontrá-lo em funcionamento, ele abre de quarta a domingo, das 11h às 18h, e tem peças valiosas, como a única fotografia conhecida do general San Martín, principal herói da independência.

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