Patrimônio inclui mesquita, citadela e minaretes de rainha

Em Herat, o visual das pessoas chama a atenção. Quase todas as mulheres usam burcas, que vão da cabeça aos pés, deixando apenas uma grade de tecido aberto na altura dos olhos.

O uso não é obrigatório por lei, mas o ultraconservadorismo e a presumida pressão masculina falam mais alto. Convém às estrangeiras cobrir o cabelo, em respeito ao costume local.

Homens também vestem roupas que fogem totalmente do padrão ocidental. Muitos usam longas túnicas claras, turbantes e barba, igual aos membros do Taleban que vemos em TVs e jornais. Mas não se deixe impressionar: os afegãos tendem a ser muito amáveis e acolhedores.

O ápice da experiência social é andar pelas ruelas da Cidade Velha, perto da qual encontram-se os principais monumentos: a mesquita Jameh, de oito séculos; e a Citadela de Herat, erguida por Alexandre, o Grande.

Alguns quarteirões ao norte encontram-se quatro minaretes, vestígios de um complexo erguido no século 15 pela rainha Gowhar Shad.

Apesar dos encantos, é evidente que Herat se destina somente a viajantes com espírito aventureiro.

Sem embaixada afegã na América do Sul, o visto deve ser pedido nos EUA, em Dubai ou onde houver representação. É fácil obter visto de turista. Istambul, na Turquia, é a melhor opção, pois, além do consulado afegão, há voos diários diretos para Cabul e, de lá, para Herat.

Outra opção é tirar visto no consulado do Afeganistão em Meshed, no Irã, e de lá pegar um ônibus até Herat. Simples e seguro. Mas tenha certeza que a sua documentação iraniana permite retornar a Meshed caso seja necessário.