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Herat foi importante ponto de comércio

Cidade afegã era um dos principais destinos da Rota da Seda, atraindo caravanas do Ocidente e do Oriente

Invasões britânica e soviética destruíram parte das construções, mas a mesquita Jameh permaneceu intacta

DO ENVIADO A HERAT

Os monumentos e a grandeza de Herat são herdados do tempo em que a cidade era um dos principais pontos da Rota da Seda, malha de vias terrestres pela qual circularam durante séculos caravanas do comércio entre Oriente e Ocidente.

A história de Herat se confunde com a da lendária rota, que pavimentou a aproximação entre culturas e civilizações muito antes da globalidade moderna.

A cidade em seu molde atual foi criada, no coração de um vale fértil, por Alexandre, o Grande, três séculos antes de Cristo.

Foi na época em que o conquistador macedônio passou a estimular o comércio entre as partes do seu império.

No auge da Rota da Seda, entre os séculos 7º e 12 d.C, as ruas de Herat fervilhavam de gente e negócios de todos os tipos.

Diferentemente do que o nome indica, a seda produzida na China, ponta leste da rota, formava apenas uma parcela modesta do intercâmbio. Do Extremo Oriente saiam carregamentos de cerâmica, peles, tempero e armas de metal rumo à Europa, que, por sua vez, despachava em direção ao leste ouro, pedras e metais preciosos.

Os caminhos começaram a se esgotar no fim do século 14, minados por conflitos territoriais e o declínio econômico do Extremo Oriente, além do amadurecimento das rotas marítimas rivais.

Herat permaneceu por muito tempo uma cidade próspera e dinâmica, mas as invasões britânica e soviética (de 1979 a 1989) arrasaram muitas construções que mantinham o brilho de outrora. Sobraram intactas apenas a citadela e a mesquita Jameh.

(SAMY ADGHIRNI)

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