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Faça as contas e, se puder, invista em cabine externa

Além do preço, roteiros, número de noites e estilo do transatlântico pesam

Confira o jornalzinho de bordo e aproveite, além da programação do navio, o visual das aproximações da costa

DO EDITOR DE “TURISMO”

Você já fez um cruzeiro? Como escolher entre 280 roteiros de viagem que, partindo da costa brasileira, visitam cerca de 21 diferentes portos?

Para decidir bem, a primeira providência é fazer as contas. Quando custa a viagem por dia e por pessoa? Em seguida, leve em conta o estilo da companhia de navegação, compare transatlânticos, escolha roteiros identificando cidades que você gostaria de conhecer ou rever e considere quantos dias você tem.

Leve em conta que, em alguns portos, a cidade fica aos pés do navio, disponível. E que em outros, a distância até os locais turísticos recomenda adquirir uma excursão.

Pagos à parte, esses passeios têm preços e estilos variados. Bons andarilhos podem até se arriscar, mas é preciso lembrar que o transatlântico tem hora para zarpar -e não espera, a menos que você esteja numa das excursões organizadas a bordo.

DOCE ROTINA

Num cruzeiro, há dias de navegação, em que o transatlântico não aporta, e dias de aportamento, nos quais convém acordar mais cedo.

Na hora do jantar, quando o passageiro vai ao restaurante do navio, um jornalzinho é colocado na cabine. Ele traz dicas preciosas sobre a cidade a ser visitada, a programação geral e as excursões.

Diz ainda o horário em que todos devem estar de volta para zarpar, a que horas o sol nasce e se põe e quais serão as condições climáticas no dia seguinte. Pouca gente nota, mas esse jornal descreve ainda a navegação: as ilhas e os recortes da costa que serão avistados, dando dica para quem se dispõe a subir até o piso superior ou tiver a sorte de ver, de sua cabine externa, as belezas da geografia reveladas diante da varanda.

Outra questão, aliás, é: ter ou não ter varanda? Cabines internas são mais baratas, mas não têm graça nenhuma.

Investir na qualidade das instalações pessoais compensa, pelo menos para os mais observadores e para os que acompanham de perto as chegadas do transatlântico.

INVESTIMENTO A BORDO

Mas, voltando às contas, lembre-se de que, além de prover hospedagem e incluir todas as refeições, o transatlântico de cruzeiro é um resort flutuante; alguns têm spas e academias, outros grandes piscinas e espaços de vivência como bares de luxo, cassino, auditório para shows e até obras de arte.

Na maioria das vezes, ficam fora do preço pré-pago bebidas, excursões em terra e, em casos excepcionais, reservas em restaurantes exclusivos que existem dentro de alguns dos transatlânticos.

No mais, a diversão a bordo é abundante e gratuita, não tem hora para terminar e está inclusa no pacote.

Mas pense duas vezes antes de cair na folia na véspera de chegar a uma das cidades do roteiro, pois acordar cedo pode ser sinônimo de aproveitar melhor os lugares.

O bom, numa viagem de navio, é estar organizado na cabine, não precisar a todo momento fazer check-in e check-out, aproveitando tanto a rotina de bordo como os locais visitados. Falando nisso, caminhar no deque superior ou nas ruas das cidades talvez seja a melhor maneira de driblar os efeitos da comilança.

(SILVIO CIOFFI)

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