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CARIBE À HOLANDESA
Espanhóis descobriram o território, deportaram seus nativos e depois o perderam para os holandeses
Aruba nunca testemunhou batalha de fato
DO ENVIADO ESPECIAL A ARUBA
Aruba foi "descoberta" pelo espanhol Alonso de Ojeda em 1499.
Era habitada por índios caquetios
da tribo arawak. Os espanhóis os
deportaram para Santo Domingo
para fazê-los trabalhar nas minas
e nos campos. Dos nativos, sobraram alguns vestígios arqueológicos e algumas palavras, das quais
se desconhece o significado.
Em 1636, durante a Guerra dos
80 Anos entre Espanha e Holanda, os holandeses tomaram posse
de Aruba e a controlaram por cerca de dois séculos.
Já durante as guerras napoleônicas, em outubro de 1804, apareceu no horizonte de Aruba a Diana, uma fragata inglesa sob o comando do capitão Maling. A ilha
rendeu-se imediatamente. Mas,
após uma semana, Maling deixou
a ilha e até pagou suas despesas.
Nunca houve combate de verdade em Aruba, e o forte Zoutman, que ainda vigia a costa noroeste, é mais um símbolo de paz
rural do que de beligerância.
Em 1924 foram construídas as
primeiras refinarias de petróleo
em Aruba. Com o ouro negro, a
qualidade de vida na ilha alcançou um dos níveis mais altos do
Caribe. Na Segunda Guerra, foi o
maior pólo de produção de combustível para os aliados. Quando a
guerra foi declarada, um navio
alemão estava perto da costa arubana e, não podendo fugir, recebeu a ordem de auto-afundar. A
equipagem alemã rendeu-se aos
holandeses. Hoje, é possível visitar o despojo mergulhando.
Em 1985, as dificuldades para
negociar o preço do petróleo, sobretudo com a Venezuela, que era
o maior fornecedor, fizeram a Exxon fechar a última refinaria de
Aruba. O golpe foi duro, mas levou Aruba, com o apoio da Holanda, a investir tudo no turismo.
E foi um sucesso.
(VINCENZO SCARPELLINI)
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