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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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CARIBE À HOLANDESA

Espanhóis descobriram o território, deportaram seus nativos e depois o perderam para os holandeses

Aruba nunca testemunhou batalha de fato

DO ENVIADO ESPECIAL A ARUBA

Aruba foi "descoberta" pelo espanhol Alonso de Ojeda em 1499. Era habitada por índios caquetios da tribo arawak. Os espanhóis os deportaram para Santo Domingo para fazê-los trabalhar nas minas e nos campos. Dos nativos, sobraram alguns vestígios arqueológicos e algumas palavras, das quais se desconhece o significado.
Em 1636, durante a Guerra dos 80 Anos entre Espanha e Holanda, os holandeses tomaram posse de Aruba e a controlaram por cerca de dois séculos.
Já durante as guerras napoleônicas, em outubro de 1804, apareceu no horizonte de Aruba a Diana, uma fragata inglesa sob o comando do capitão Maling. A ilha rendeu-se imediatamente. Mas, após uma semana, Maling deixou a ilha e até pagou suas despesas.
Nunca houve combate de verdade em Aruba, e o forte Zoutman, que ainda vigia a costa noroeste, é mais um símbolo de paz rural do que de beligerância.
Em 1924 foram construídas as primeiras refinarias de petróleo em Aruba. Com o ouro negro, a qualidade de vida na ilha alcançou um dos níveis mais altos do Caribe. Na Segunda Guerra, foi o maior pólo de produção de combustível para os aliados. Quando a guerra foi declarada, um navio alemão estava perto da costa arubana e, não podendo fugir, recebeu a ordem de auto-afundar. A equipagem alemã rendeu-se aos holandeses. Hoje, é possível visitar o despojo mergulhando.
Em 1985, as dificuldades para negociar o preço do petróleo, sobretudo com a Venezuela, que era o maior fornecedor, fizeram a Exxon fechar a última refinaria de Aruba. O golpe foi duro, mas levou Aruba, com o apoio da Holanda, a investir tudo no turismo. E foi um sucesso.
(VINCENZO SCARPELLINI)


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