São Paulo, quinta-feira, 01 de dezembro de 2005

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Ateliê ensina a fazer gravuras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sobre quatro mesas estão espátulas, formões, tintas, tábuas e pedras de calcário. Nas paredes, imagens de diversas cores se acomodam em folhas de papéis de muitas texturas. São os principais elementos que compõem o Ateliê Experimental, onde os próprios turistas produzem gravuras.
Ao lado da única biblioteca de Paranapiacaba, na parte baixa da vila, o espaço reúne artistas plásticos do Brasil e do exterior que auxiliam o visitante na confecção da obra, sem custo algum.
"Estamos aqui também para aperfeiçoar nossas técnicas e estudar os aspectos estéticos dos trabalhos do turista", conta Roberto Gyarfe, 52, mestre-impressor há 30 anos, conhecido na região como Alemão, responsável pelo local. Ele estima em 50 o número de visitas por semana.
Para produzir a gravura, o visitante recebe gratuitamente o material e, se desejar, orientações sobre os dois métodos disponíveis: o da xilogravura (madeira) e o da litogravura (pedra).
Terminada a base (madeira ou pedra), ocorre a impressão, cuja média é de 20 cópias. O papel utilizado é nacional ou importado de países da Europa e da Ásia.
O visitante assina a obra e leva uma cópia consigo, além de receber as considerações dos profissionais do ateliê. Um deles é Juan Henriquez, 25, venezuelano que já visitou o Brasil diversas vezes.
"Fui convidado para participar da Epopéia Paulista [obra de 73 m x 3 m, sob responsabilidade da artista Maria Bonomi, exposta permanentemente na Estação da Luz] e conheci o trabalho do Alemão", conta Juan. (MG)


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