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Ateliê ensina a fazer gravuras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Sobre quatro mesas estão espátulas, formões, tintas, tábuas e pedras de calcário. Nas paredes,
imagens de diversas cores se acomodam em folhas de papéis de
muitas texturas. São os principais
elementos que compõem o Ateliê
Experimental, onde os próprios
turistas produzem gravuras.
Ao lado da única biblioteca de
Paranapiacaba, na parte baixa da
vila, o espaço reúne artistas plásticos do Brasil e do exterior que auxiliam o visitante na confecção da
obra, sem custo algum.
"Estamos aqui também para
aperfeiçoar nossas técnicas e estudar os aspectos estéticos dos trabalhos do turista", conta Roberto
Gyarfe, 52, mestre-impressor há
30 anos, conhecido na região como Alemão, responsável pelo local. Ele estima em 50 o número de
visitas por semana.
Para produzir a gravura, o visitante recebe gratuitamente o material e, se desejar, orientações sobre os dois métodos disponíveis:
o da xilogravura (madeira) e o da
litogravura (pedra).
Terminada a base (madeira ou
pedra), ocorre a impressão, cuja
média é de 20 cópias. O papel utilizado é nacional ou importado de
países da Europa e da Ásia.
O visitante assina a obra e leva
uma cópia consigo, além de receber as considerações dos profissionais do ateliê. Um deles é Juan
Henriquez, 25, venezuelano que
já visitou o Brasil diversas vezes.
"Fui convidado para participar
da Epopéia Paulista [obra de 73 m
x 3 m, sob responsabilidade da artista Maria Bonomi, exposta permanentemente na Estação da
Luz] e conheci o trabalho do Alemão", conta Juan.
(MG)
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