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No meio do caminho, tinha um Havaí
DO ENVIADO ESPECIAL
No centro da discórdia entre o
arquipélago do Japão e os EUA,
muitas vezes esteve outro exótico
conjunto de ilhas, o Havaí, que,
descoberto pelo capitão inglês James Cook em 1778, ganhou fama
por ter sido um dos últimos territórios substantivos do mundo, ao
lado da Austrália, a serem divisados pelos navegantes europeus.
Antes de o Havaí virar território
norte-americano, em 1881, o rei
nativo David Kalakaua, amigo do
escritor escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894), foi o primeiro monarca não-oriental a visitar
o Japão, então um país extremamente fechado.
O propósito do rei Kalakaua
(visto na imagem de bengala, ao
centro, nessa viagem ao Japão)
era casar sua sobrinha, a princesa
Kaiulani (cujo pai, Archibald Cleghorn, era escocês) com o príncipe Yamashina Sadamaro, numa
tentativa de conservar o poder
nas mãos de sua dinastia nativa,
proposta que foi polidamente recusada um ano depois, em 1882,
pela casa imperial japonesa.
Anglo-americana, a elite açucareira que dominava o Havaí queria pôr o arquipélago polinésio na
órbita dos EUA e assim o fez, em
1898, proclamando uma República. Na seqüência, transformou o
arquipélago polinésio em território dos EUA. Apenas em 1959, entretanto, o Havaí se tornaria o
"Havaí-cinco-zero", o 50º Estado
norte-americano.
(SC)
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