São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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No meio do caminho, tinha um Havaí

DO ENVIADO ESPECIAL

No centro da discórdia entre o arquipélago do Japão e os EUA, muitas vezes esteve outro exótico conjunto de ilhas, o Havaí, que, descoberto pelo capitão inglês James Cook em 1778, ganhou fama por ter sido um dos últimos territórios substantivos do mundo, ao lado da Austrália, a serem divisados pelos navegantes europeus.
Antes de o Havaí virar território norte-americano, em 1881, o rei nativo David Kalakaua, amigo do escritor escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894), foi o primeiro monarca não-oriental a visitar o Japão, então um país extremamente fechado.
O propósito do rei Kalakaua (visto na imagem de bengala, ao centro, nessa viagem ao Japão) era casar sua sobrinha, a princesa Kaiulani (cujo pai, Archibald Cleghorn, era escocês) com o príncipe Yamashina Sadamaro, numa tentativa de conservar o poder nas mãos de sua dinastia nativa, proposta que foi polidamente recusada um ano depois, em 1882, pela casa imperial japonesa.
Anglo-americana, a elite açucareira que dominava o Havaí queria pôr o arquipélago polinésio na órbita dos EUA e assim o fez, em 1898, proclamando uma República. Na seqüência, transformou o arquipélago polinésio em território dos EUA. Apenas em 1959, entretanto, o Havaí se tornaria o "Havaí-cinco-zero", o 50º Estado norte-americano. (SC)


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