São Paulo, segunda, 2 de junho de 1997.



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FESTA
Carnabeach será em 12 e 13 de julho
Miami dança ao som do trio elétrico

Edson Franco/Folha Imagem
Timbadada toca em Fortaleza, durante a festa de lançamento do Carnabeach


EDSON FRANCO
enviado especial a Fortaleza

Para atenuar em parte o déficit na balança comercial, o Brasil exporta, nos próximos dias 12 e 13 de julho, um produto do qual detém o monopólio: o Carnaval.
Nessas datas, acontece em Miami o 1º Carnabeach, desfile que percorrerá uma faixa de praia paralela à avenida Ocean Drive, uma das mais famosas da cidade.
Segundo os organizadores do evento, são esperados 60 mil foliões. Destes, 40% devem ser brasileiros residentes na Flórida, outros 40% residentes no Brasil e 20% de norte-americanos e latinos.
Essa platéia vai atrás dos trios elétricos das bandas baianas Chiclete com Banana -com a participação do cantor e compositor Ricardo Chaves- e Timbalada.
Esses trios vão percorrer uma faixa de 3 km entre a 5ª e 15ª ruas. Os desfiles começam às 16h e vão até a meia-noite.
Fortaleza
Seria de se estranhar o fato de um Carnaval com bandas baianas e previsto para acontecer em Miami ter sido anunciado em Fortaleza.
A justificativa é simples. O grupo Siriguela, promotor do evento junto com o grupo paraense Bis, tem sede na capital cearense.
A festa de lançamento do Carnabeach aconteceu no hotel Marina Park, no dia 19 de maio, e teve a presença de David Whitaker (vice-presidente do Miami Convention & Visitors Bureau), Anya Ribeiro (secretaria do Turismo do Ceará), Bismark Maia (diretor de Economia e Fomento da Embratur) e Pedro Coelho Neto (promotor do Carnabeach).
Segundo Coelho Neto, uma campanha publicitária está sendo veiculada em Miami. A meta principal é familiarizar latinos e norte-americanos com termos como trio elétrico e abadá (fantasia).
Orçados em US$ 2 milhões -só o transporte dos trios vai custar US$ 20 mil-, os custos da festa foram diluídos com o auxílio de quatro patrocinadores: Vasp, Budweiser, AT&T e Coca-Cola.
Assim como no caso dos videocassetes, quem quiser participar da festa paga menos se comprar o abadá em Miami. Lá, custa US$ 100. Aqui, até US$ 150.
Promoção
Segundo a secretária do Turismo do Ceará, o Estado vai montar um estande para divulgar seu turismo. "Estamos abrindo espaço para que outros Estados participem com a gente", diz Anya.
Cansada de jogar dinheiro pelo ralo, segundo Bismark Maia, a Embratur não vai aproveitar o evento para fazer uma campanha em solo norte-americano.
"Nosso órgão atua muito mais na articulação. Mas incentivamos todos os segmentos a utilizar o Carnabeach para promover o país", disse o diretor.
Para o vice-presidente do Miami CVB, o Carnaval tem mais chances de cair no gosto norte-americano do que o futebol. "Serei o primeiro voluntário para aprender a dançar", afirmou Whitaker. Pelo que se viu à noite, durante show da Timbalada, a professora de Whitaker vai ter um bocado de trabalho.

Pacote - Programas com bilhete aéreo, hotel e participação nos desfiles são vendidos pela Dimensão, tel. (011) 257-8622


Edson Franco viajou a convite da organização do Carnabeach e da Vasp



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