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BALANÇA, MAS NÃO CAI
Turista perde noção do tempo nos 15 andares do Liberty
Rotina de cruzeiro é descrita a partir de três viagens em realizadas em três transatlânticos diferentes
JANAINA FIDALGO
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI
O mar está ali o tempo todo,
soberano (e nos faz lembrar
disso quando balança), o que
torna ainda mais paradoxal a
idéia de que ele seja coadjuvante, e o navio, protagonista. Mas
quando se está a bordo do Liberty of the Seas, o maior navio
do mundo, a lógica é essa.
Não são só suas 160 mil toneladas, seus 72 metros de altura
e seus 339 metros de comprimento que chamam a atenção.
O navio da Royal Caribbean é
uma espécie de parque de diversões ambulante de 15 andares onde o turista pode continuar fazendo em alto-mar tudo
o que faz em terra firme.
Quer malhar? Fitness Center
no deque 11. Deu vontade de comer um hambúrguer? Johnny
Rockets um andar acima. Está
com sorte hoje? Casino Royale
no deque 4. Uma cerveja? Há
vários bares espalhados pelo
navio. Quer fazer compras? Vá
direto para a Royal Promenade,
a "avenida" central em que as
lojas dividem espaço com pizzaria, sorveteria, barbearia,
pub e champanheria. E à noite?
Espetáculo de patinação no gelo ou show de música? Há ainda
duas boates sui generis: The
Sphinx e The Catacombs.
Com tal oferta, é fácil perder
a noção de tempo. Mas uma
placa trocada diariamente no
chão dos 14 elevadores informa
ao turista o dia da semana.
Uma das mais divertidas é o
FlowRider, um simulador de
surfe que atrai de crianças a senhores. Trata-se de uma rampa
inclinada em que fortes jatos
d'água -131 litros por minuto-
são lançados da parte mais baixa para a mais alta. O desafio é
se equilibrar sobre pranchas de
surfe ou bodyboard. Apesar de
haver dois instrutores ajudando os praticantes a manter o
equilíbrio, as quedas são inevitáveis. Os que não se encorajam
ficam em uma arquibancada se
divertindo com o tombo alheio.
Para quem gosta de água,
mas não de aventura, o Liberty
tem piscinas de água calma e
aquecida (ou não) e quatro jacuzzis projetadas para fora do
navio, com uma bela vista para
o mar. É possível também pegar emprestado um dos volumes disponíveis na biblioteca e
ficar lendo à beira da piscina.
Os mais radicais podem recorrer ao muro de escalada, às
quadras poliesportivas e até a
um ringue de boxe. Há ainda
uma pista de corrida que circunda o deque superior, de onde é possível mirar o oceano, e
uma pista de patinação no gelo.
E quem pensa que o exercício
acabou, há outro ainda maior
no final do dia: encontrar a sua
cabine em meio às 1.817 existentes -1.084 têm vista para o
mar e 733 são internas, algumas delas com janelas que dão
para a Royal Promenade.
O Liberty faz cruzeiros regulares de sete noites para duas
rotas do Caribe -uma com paradas em Montego Bay (Jamaica), Georgetown (Gran Cayman) e Cozumel (México), e
outra, em San Juan (Porto Rico) e Philipsburg (St. Maarten).
Janaina Fidalgo viajou a convite da operadora
Sun&Sea e da Royal Caribbean
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