São Paulo, Segunda-feira, 02 de Agosto de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RONDA CULTURAL
Cidade se embelezou ao cobrir-se de monumentos, praças e ruas largas a partir do século 17
Porta abriu caminhos para o esplendor

da enviada especial à Espanha

Em uma trajetória que lembra a fábula do patinho feio, Madri só se embelezou a partir do século 17, quando foi erguida a Plaza Mayor, emblema da cidade. A geografia estética da capital recebeu contornos ainda mais definidos quando Carlos 3º ordenou a construção da Porta de Alcalá para dar uma nova feição à parte leste da cidade.
Projetado por Francesco Sabatini, o portal, de estilo neoclássico, exibe várias esculturas de anjos. A área ao redor é decorada com flores, formando um par harmônico com a praça de las Cibeles, nas proximidades, também enfeitada com um pequeno jardim.
O parque do Retiro, a poucas quadras do museu do Prado, também faz parte do "circuito cisne". Situado no refinado bairro Jerónimos, abrigava o palácio onde morou Filipe 4º e foi aberto ao público no século 18 com um senão: só entravam os bem-vestidos.
Hoje, seus jardins acolhem hordas de turistas, principalmente aqueles egressos da ronda cultural pelos museus das imediações -perto dali também está o não menos renomado Thyssen.

Mansões
Fora do centro, perto da Plaza de España, uma mansão do século 19 exibe a fortuna artística acumulada pelo marquês de Cerralbo, que morou no local. Ele doou sua prestigiada coleção ao governo em 1922. Com lustres cinematográficos e escadarias "art nouveau", o museu Cerralbo conquista o visitante com os quilômetros de arte que a casa concentra.
"Êxtase de São Francisco", de El Greco, é uma das maiores estrelas do acervo, que ostenta ainda obras de Goya e outros artistas espanhóis, como Zurbarán.
Também distante do centro, há outra mansão que deve constar da ronda cultural. É o museu Sorolla (Paseo del General Martínez Campos, 37).
Antiga casa do artista impressionista Joaquín Sorolla, exibe quadros do pintor, cuja temática prioriza as diversas regiões da Espanha, além de cerâmicas.
Na Calle de Serrano, 122, funciona outro importante museu da cidade, o Lázaro Galdiano. Exibe alguns retratos pintados por Goya. Possui ainda um acervo de pintura inglesa, com trabalhos de Turner e Constable, entre outros. Uma coleção de esmaltes de Limoges completa a coleção.
(CARLA ARANHA)


Texto Anterior: Saiba mais sobre Diego Velázquez
Próximo Texto: Flamenco sensualiza caráter espanhol
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.