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DE COSTAS PARA O MAR
A cerca de uma hora de Fortaleza, turista encontra diversidade na região do maciço do Baturité
Serra cearense é rota para o ecoturismo
TATIANA DINIZ
ENVIADA ESPECIAL AO CEARÁ
Dar as costas para a já conhecida exuberância do litoral cearense
e rumar para o interior. Pouco
praticada por quem visita o Estado, a alternativa reserva surpresas, como passeios repletos de
verde, cenários históricos e um
clima mais ameno do que as altas
temperaturas da beira da praia.
Partindo da capital rumo à região serrana, leva-se pouco mais
de uma hora de carro para ter
uma experiência bastante diferente da praiana: em vez de areia
branca, caatinga e mata atlântica
são os biomas predominantes; em
vez de água salgada, cachoeiras
para refrescar os corpos aquecidos pelas longas caminhadas.
Maciço do Baturité é o nome da
região que engloba 13 municípios
de fácil acesso e que promete entrar na rota nacional do ecoturismo. "O potencial para trilhas é
muito grande", diz Jacqueline Almeida, da Camaleão Turismo e
Aventura, agência especializada
que atua no maciço.
A cidade do maciço do Baturité
mais próxima da capital, Acarape,
está a apenas 50 km de Fortaleza.
A mais distante, Aratuba, a 122
km. Araçoiaba (72 km), Barreira
(63 km), Baturité (84 km), Capistrano (87 km), Guaramiranga
(101 km), Itapiúna (97 km), Mulungu (102 km), Ocara (96 km),
Pacoti (118 km), Palmácia (63 km)
e Redenção (52 km) completam o
conjunto, que pode ser atingido
pelas rodovias CE-060, CE-065,
CE-356 e CE-257.
A proximidade permite que o
visitante aproveite a bem conceituada infra-estrutura hoteleira da
capital, mesclando os tradicionais
roteiros de praia com os da serra.
E, para quem tiver pique redobrado, ainda dá para voltar para a cidade a tempo de se render aos
apelos da vida noturna de Fortaleza.
Aventura
Rapel, trekking, vôo livre, "off
road" em 4x4 e mountain-bike. A
região serrana do Ceará é um local apropriado para diversas modalidades de esportes de aventura, embora ainda esteja tecnicamente preparada para receber os
amantes de apenas algumas delas.
A pedra da Agulha, em Guaramiranga, é o local mais procurado
para a prática do rapel. Ali, as cachoeiras incrementam o roteiro
dos aventureiros. A do Perigo é a
que mais atrai praticantes, e a trilha que leva a ela está preparada
para receber turistas.
O grau de dificuldade do acesso
é médio, com trechos de mata fechada que dão um charme a mais
ao passeio. O acesso é pela propriedade da Clarear Escola Ambiental.
Para os amantes do trekking, há
muitas trilhas. Além da que leva à
cachoeira do Perigo, há as de
Talyta e da Veada, bem como a
trilha da Escola de Hotelaria, a do
Mirante do Parador, a dos Jesuítas
e a do hotel Remanso da Serra.
Não é raro se deparar com animais da fauna local nas caminhadas, entre eles o camaleão e a
águia. Avista-se uma infinidade
de espécies de borboletas e pássaros. Para descansar, vale abusar
da hospitalidade dos nativos, que
até oferecem café aos andarilhos.
É indispensável contar com um
guia especializado para se aventurar por essas paisagens. As operadoras cearenses de ecoturismo
oferecem pacotes que incluem
veículos e motoristas. Adaptações
no roteiro podem ser feitas a pedido dos visitantes.
Passeios - Camaleão Turismo e Aventura (0/xx/85/3263-5800; www.camaleaotur.com.br) e Dunnas Off Road Expedições (0/xx/85/3264-2514).
Tatiana Diniz e o repórter-fotográfico
Rogério Cassimiro viajaram a convite
de rede Atlantica Hotels e da companhia
aérea TAM
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