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DE COSTAS PARA O MAR
Região, que é área de proteção ambiental desde 1990, abriga festivais de música e de teatro
História da ocupação do maciço remonta aos idos do século 18
DA ENVIADA ESPECIAL AO CEARÁ
O maciço do Baturité é APA
(área de proteção ambiental) desde 1990. Sua história, entretanto,
remonta ao século 18, quando
-após a expulsão dos invasores
holandeses- a coroa portuguesa
iniciou o processo de ocupação
definitiva das terras cearenses.
Foi uma ocupação missionária.
Em 1762, o que hoje é o município
de Baturité nasceu como a freguesia de Nossa Senhora da Palma,
uma missão indígena que virou
vila dois anos depois.
Um marco da presença católica
é o grupo de conventos e mosteiros, muitos deles convertidos em
hospedarias. Perto de Baturité está o convento dos Jesuítas (0/xx/
85/3347-0362 ), prédio do século
19, cuja fachada foi erguida com
pedras coladas com óleo de baleia. A edificação recebe hóspedes
cobrando diárias de R$ 40, com
pensão completa.
Por causa do clima ameno e da
água em abundância, o maciço do
Baturité serviu de refúgio para as
populações sertanejas de cidades
como Canindé e Quixadá, que ali
se abrigaram durante a "seca dos
três setes" -estiagem que castigou o sertão de 1777 a 1793.
No início do século 19, o maciço
passou a viver do café. A arquitetura colonial reflete a fartura desse período.
Entre as cidades "filhas" da cultura do café, Guaramiranga se
destaca. Situada a 865 m de altitude, o que garante um microclima
que inclui temperaturas baixas no
inverno, a cidade tem vários motivos para ser visitada. Terra natal
da família da escritora Rachel de
Queiroz, Guaramiranga organiza
o Jazz & Blues Festival no Carnaval.
Nela também acontece, em julho, o Festival Nordestino de Teatro, um dos eventos mais conceituados no calendário cultural do
Ceará.
(TATIANA DINIZ)
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