São Paulo, segunda, 3 de março de 1997.

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PRINCESINHA DO TITICACA
Ruínas e trilhas
Turista sobe escada pisada por um deus

free-lance para a Folha

Copacabana oferece um roteiro arqueológico para Indiana Jones nenhum botar defeito. Ruínas, marcas nas paredes, trilhas incas e a possibilidade de encontrar o tesouro perdido no lago Titicaca vem atraindo aventureiros.
Entre as 36 ilhas existentes no Titicaca, a ilha do Sol e a ilha da Lua são consideradas o berço de toda a civilização pré-colombiana.
Durante a caminhada pela ilha do Sol, vale observar a beleza de vilarejos como Yumani, Pilkokaina, Challa e Chincana.
Na vila de Pilkokaina, local que deu início à civilização, é possível encontrar as rochas sagradas e, em Yumani, o turista conhecerá a lendária escada inca por onde o Deus Sol teria passado.
Embora não ofereçam muitos recursos, os dois alojamentos da ilha são as únicas opções para quem pretende passar a noite sem precisar acampar. Cada dormitório custa R$ 2 por pessoa.
Os nativos contam que as marcas cravadas na trilha inca da ilha do Sol são pegadas do primeiro imperador inca, Manco Kapac, e de sua esposa, Mama Huaca. Eles teriam sido enviados por um deus para levar a felicidade ao mundo.
No século 16, os sacerdotes incas previram a invasão da ilha do Sol pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Temendo que seus templos fossem saqueados, o imperador ordenou que o tesouro sagrado fosse atirado no Titicaca.
Os moradores locais acreditam que diversas peças de ouro ainda estejam submersas no lago.
A espessa camada de limo, que chega a alcançar quatro metros, dificulta a exploração do fundo do lago. (ADRIANA SOUZA SILVA)
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