São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2004

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Sala de concertos revigora centro de LA

DO ENVIADO ESPECIAL

Palestrante do 36º Pow Wow, Mark Liberman, presidente da LA Inc., o órgão oficial de fomento turístico da cidade, focou suas intervenções nas novidades ocorridas na metrópole, que, hoje, tem cerca de 7 milhões de habitantes .
""Desde que hospedou seu último Pow Wow, em 1996, Los Angeles tratou de remodelar completamente seu centro, antes uma área decadente e, hoje, uma região limpa e segura onde surgiram atrações turísticas como o Walt Disney Concert Hall."
Obra arrojada do controvertido arquiteto Frank O. Gehry, a casa de concertos que leva o nome da Disney (http://wdch.laphil.com) alavancou a revitalização do centro e, com espaço para acomodar 2.265 pessoas, consumiu investimentos privados e públicos da ordem de US$ 700 milhões.
À testa dessas mudanças ocorridas na região central de LA, Carol Schatz, presidente da Central City Association, declarou no Pow Wow que ""o renascimento dessa área se deve fundamentalmente ao dinheiro do setor privado" e explicou que, para redesenhar o perfil do centro entre 1999 e hoje, ""os próprios proprietários de imóveis antes decadentes decidiram pagar mais impostos para financiar as mudanças".
Para Carol Schatz, ""você não pode ter uma grande cidade definida por ter uma praia espetacular ou um parque temático apenas, pois uma grande cidade se caracteriza pelo seu centro urbano". Numa LA que sempre se jactou de ter praias como Santa Monica e Venice Beach e que é epicentro de grandes atrações como a Universal Studios e mesmo a Dinseylândia, que está localizada ao sul, em Anaheim, as declarações soam corajosas.
Além do centro, Los Angeles construiu um moderno metrô, faz projetos para seus aeroportos e já refez o bairro de Hollywood. Quer, assim, se firmar como ""capital cultural do século 21".
Atrás das mudanças do metrô, necessidade num local que tem quase tantos carros quanto habitantes, está outro palestrante presente no Pow Wow, Roger Snobel.
""O passe de metrô custa US$ 3 por dia e, se você pensa em visitar Hollywood, Chinatown ou mesmo Pasadena, só de estacionamento gastará bem mais do que isso", disse ele.
Jim Ritchie já estava por trás das reformulações do aeroporto desde que Los Angeles foi sede dos Jogos Olímpicos, em 1984, tendo investido, desde então, outros US$ 225 milhões.
Hoje passam pelo aeroporto de LA 55 milhões de passageiros anualmente (20% deles são viajantes internacionais). Ritchie disse no Pow Wow que ""esse número já beirou os 67 milhões, o que nos torna um dos maiores, senão o maior, dos EUA, pois outros aeroportos que têm volume maior de passageiros são, em geral, locais onde as companhias aéreas fazem suas conexões".
Em Hollywood, onde antes havia um decadente Chinese Theatre, as reformulações também são notáveis. O novo Kodak Theatre, inaugurado em 2002 para ser sede da entrega do Oscar, custou à cidade US$ 2 bilhões -e tem um cenário que lembra muito o filme épico mudo "Intolerância", clássico do diretor David Griffith rodado em 1916. (SC)


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