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Sala de concertos revigora centro de LA
DO ENVIADO ESPECIAL
Palestrante do 36º Pow Wow,
Mark Liberman, presidente da LA
Inc., o órgão oficial de fomento
turístico da cidade, focou suas intervenções nas novidades ocorridas na metrópole, que, hoje, tem
cerca de 7 milhões de habitantes .
""Desde que hospedou seu último Pow Wow, em 1996, Los Angeles tratou de remodelar completamente seu centro, antes uma
área decadente e, hoje, uma região limpa e segura onde surgiram atrações turísticas como o
Walt Disney Concert Hall."
Obra arrojada do controvertido
arquiteto Frank O. Gehry, a casa
de concertos que leva o nome da
Disney (http://wdch.laphil.com)
alavancou a revitalização do centro e, com espaço para acomodar
2.265 pessoas, consumiu investimentos privados e públicos da ordem de US$ 700 milhões.
À testa dessas mudanças ocorridas na região central de LA, Carol
Schatz, presidente da Central City
Association, declarou no Pow
Wow que ""o renascimento dessa
área se deve fundamentalmente
ao dinheiro do setor privado" e
explicou que, para redesenhar o
perfil do centro entre 1999 e hoje,
""os próprios proprietários de
imóveis antes decadentes decidiram pagar mais impostos para financiar as mudanças".
Para Carol Schatz, ""você não
pode ter uma grande cidade definida por ter uma praia espetacular ou um parque temático apenas, pois uma grande cidade se
caracteriza pelo seu centro urbano". Numa LA que sempre se jactou de ter praias como Santa Monica e Venice Beach e que é epicentro de grandes atrações como
a Universal Studios e mesmo a
Dinseylândia, que está localizada
ao sul, em Anaheim, as declarações soam corajosas.
Além do centro, Los Angeles
construiu um moderno metrô,
faz projetos para seus aeroportos
e já refez o bairro de Hollywood.
Quer, assim, se firmar como ""capital cultural do século 21".
Atrás das mudanças do metrô,
necessidade num local que tem
quase tantos carros quanto habitantes, está outro palestrante presente no Pow Wow, Roger Snobel.
""O passe de metrô custa US$ 3
por dia e, se você pensa em visitar
Hollywood, Chinatown ou mesmo Pasadena, só de estacionamento gastará bem mais do que
isso", disse ele.
Jim Ritchie já estava por trás das
reformulações do aeroporto desde que Los Angeles foi sede dos
Jogos Olímpicos, em 1984, tendo
investido, desde então, outros
US$ 225 milhões.
Hoje passam pelo aeroporto de
LA 55 milhões de passageiros
anualmente (20% deles são viajantes internacionais). Ritchie
disse no Pow Wow que ""esse número já beirou os 67 milhões, o
que nos torna um dos maiores, senão o maior, dos EUA, pois outros aeroportos que têm volume
maior de passageiros são, em geral, locais onde as companhias aéreas fazem suas conexões".
Em Hollywood, onde antes havia um decadente Chinese Theatre, as reformulações também são
notáveis. O novo Kodak Theatre,
inaugurado em 2002 para ser sede
da entrega do Oscar, custou à cidade US$ 2 bilhões -e tem um
cenário que lembra muito o filme
épico mudo "Intolerância", clássico do diretor David Griffith rodado em 1916.
(SC)
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