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Roteiros respeitam o ritmo de cada um
DA REPORTAGEM LOCAL
"Velhinho é a mãe", dizia o grito de guerra criado pelos passageiros da Venturas & Aventuras
(tel.: 0/xx/11/3872-0362; www.venturas.com.br) ao subir as dunas dos Lençóis Maranhenses
(MA) no ano passado, de acordo
com o gerente da operadora,
Giancarlo Valias.
Reencontrando-se sempre nas
viagens direcionadas à terceira
idade da empresa, seus clientes ficaram amigos e às vezes se reúnem em São Paulo para olhar as
fotos. "A gente formou um grupinho que se entende bem", comenta a viúva Maria Izabel Waack, 67,
mais conhecida como Mariza.
A professora de desenho aposentada lembra que, antes do embarque para o Maranhão, os passageiros foram avisados de que
não haveria água quente na pousada em Barreirinhas, mas isso
não a incomodou. "Fazia tanto
calor, que a água fria aliviava."
A dona-de-casa Inge Pickert, 61,
também foi para Lençóis Maranhenses, mas há quatro anos e
com a Freeway. No local ela frequentou um restaurante que demorava uma hora para servir a
comida, mas também não viu isso
como problema. "A gente tem
tempo quando está viajando."
Estresse no Canadá
Acostumada a acampar com o
marido e os cinco filhos quando
era moça, Mariza usa as paisagens
das fotos das viagens como modelos para seus quadros.
Há quatro anos, ela foi para o
Canadá em excursão, mas achou
tudo muito corrido. Na opinião
da viúva, os programas ecológicos
para turistas de cabelos brancos
têm grupos menores e respeitam
o ritmo de cada um, sem fazer
pressão para cumprir horários.
"A gente fica horas na cachoeira."
Segundo ela, os guias criam um
clima que estimula os viajantes.
Em 1997, Mariza encarou o desafio de subir a trilha inca em Macchu Picchu a pé e não se arrependeu, pois os guias ensinavam técnicas de respiração.
Também assídua aos programas da terceira idade da Venturas
& Aventuras, Margarida Itayo,
67, conta que ela e o marido, Ioshitoki, 69, já fizeram trilhas em
roteiros que não eram específicos
para sua faixa etária. "Como estamos acostumados a caminhar,
não ficávamos atrás dos jovens."
Mas ela diz preferir os roteiros direcionados para sua idade. "Os
guias são mais atenciosos e nos
ajudam a carregar as mochilas. A
gente não se sente abandonado."
Independentemente da faixa
etária, aproveita melhor os roteiros ecológicos quem não tem vida
sedentária e está acostumado a fazer exercícios. Antes de embarcar,
o passageiro deve ter consciência
de que pode enfrentar sol e insetos, e por isso não deve deixar para trás repelente, protetor solar e
boné ou chapéu.
(MV)
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