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ISRAEL, 50
País celebra data de fundação com gala
SERGE SCHMEMANN
do "Travel/The New York Times"
Antes de ler a programação oficial das celebrações pelos 50 anos
da criação do Estado de Israel, tenha em mente que, desde de novembro do ano passado, poucos
foram os dias sem eventos de gala
associado ao jubileu.
E o furor festeiro vai perseverar
até uma grande cerimônia de encerramento marcada para o final
deste ano.
Na verdade, a festa de encerramento ainda não foi agendada, e a
grande maioria dos eventos listados é composta por atividades
anuais ou locais.
Alguns desses eventos têm muito pouco a ver com o cinquentenário, mas foram inseridos na programação comemorativa.
Até certo grau, essa é a natureza
da besta. Aniversários são épocas
naturais para atividades cívicas,
museus, festivais anuais, grupos
de veteranos, conselhos municipais, organizações militares e a
oportunidade de conseguir uma
atenção extra.
Em Israel, contudo, o programa
"Israel Celebra Seu 50º Aniversário" é um esforço para erguer
uma fachada de animação num
evento cuja organização foi marcada por brigas internas e cujo brilho foi ofuscado pelo clima político, responsável por uma séria
queda na chegada de turistas.
Isso não significa que as festas
deixarão de acontecer.
Muitas mostras especiais estão
agendadas. O museu Israel de Jerusalém vai manter durante todo o
ano oito mostras que exploram a
tradição cultural de Israel.
Entre os temas dessas mostras
estão o menorá (candelabro sagrado com sete braços), o orientalismo na arte israelense, o lar na sociedade israelense, fotografia em
Israel e aquarela na arte israelense.
Caravana
Entre os mais coloridos eventos
ligados ao jubileu estão partidas
simultâneas de xadrez nos dias 19
e 21 de maio.
O campeão mundial Gary Kasparov vai enfrentar a equipe nacional de Israel na academia de xadrez Kasparov, em Tel Aviv.
Outro evento importante começa no dia 10 de maio, em Londres,
de onde partem 25 carros antigos
com o intuito de chegar a Israel e
levantar fundos para as reservas
no deserto de Neguev.
Com os carros chegará a bandeira britânica que foi tirada de Haifa
em 1948, com o fim da administração britânica na Palestina.
A chegada dos carros a Haifa está prevista para 24 de maio, depois
de fazer a última perna do trajeto
por mar a partir da Grécia. Por
fim, eles ficarão expostos em Jerusalém nos dias 26 e 27 de maio.
Em agosto, o governo israelense
vai montar uma mostra em homenagem ao jubileu (com um evento
de gala marcado para 3 de agosto),
traçando a evolução do Estado.
Nas palavras do programa oficial, "a exibição também tem como alvo a geração jovem. Eles vão
saber como apreciar a magnitude
do feito chamado Estado de Israel
e, assim, reforçarão suas raízes no
único Estado judeu do mundo".
Essa mostra fica em cartaz até o
dia 31 de agosto. No dia 6 de outubro haverá uma assembléia pública na praça do Muro das Lamentações, em Jerusalém.
A intenção da assembléia é "renovar a antiga tradição judaica de
organizar grandes encontros no
templo a cada sete anos".
Brigas internas
Outro evento ligado ao cinquentenário é o Festival do Humor, Comédia e Sátira, na cidade de Beersheva, entre os dias 6 e 8 de outubro. Esses eventos festivos falharam ao tentar disfarçar a confusão
e controvérsia que marcaram suas
preparações.
Três diretores do comitê organizador do jubileu pediram demissão motivados por problemas políticos, orçamentários ou pessoais
com o ministro do Turismo de Israel, Moshe Katsav.
Como resultado, a abertura da
comemoração do cinquentenário
foi várias vezes postergada.
Originalmente, ela estava programada para o dia 29 de novembro, aniversário do plano da ONU
para a partilha da Palestina. Depois, ela passou para 23 de dezembro, primeira noite do hanukkah.
A inauguração oficial aconteceu
finalmente em 11 de fevereiro e
acabou passando despercebida.
Embora o mote do jubileu seja
"juntos com orgulho, juntos na
esperança", o Partido Trabalhista
reclama que seu papel importante
nas primeiras décadas do Estado
está sendo subestimado e que seus
principais líderes não foram convidados para alguns eventos.
A colagem na capa do programa
oficial inclui vários eventos históricos, mas exclui o aperto de mãos
entre o primeiro-ministro Yitzhak
Rabin e o líder palestino Yasser
Arafat em 1993.
Tradução de
Edson Franco
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