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TURISMO SELVAGEM
Repórter-fotográfica descreve aventura para ver um leão ao entardecer
Adriana Zehbrauskas/Folha Imagem
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Uma das espécies de antílopes mais encontradas no Parque Nacional Hwange, o cudu possui longos chifres e pode pesar até 320 kg |
Safári garante fortes emoções
ADRIANA ZEHBRAUSKAS
enviada especial ao Zimbábue
É começo de setembro e o vento sopra gelado no início da noite.
A bordo de um Toyota aberto,
enrolados em cobertores, partimos para o quarto e último safári
do dia. A expectativa rivaliza com
o cansaço, após um dia repleto de
girafas, cudus e gnus.
Nosso guia e motorista pede silêncio, porque se aproxima um
leão. Impossível descrever a sensação. O coração começa a bater
forte, dá vontade de gritar.
Com a ajuda de um pequeno
holofote, única luz disponível
além dos faróis do carro, conseguimos identificar o animal, que,
sentado na sua tranquila majestade, não esboça a menor reação.
Os predadores aqui somos nós,
ocorre-me, enquanto levanto a
câmera e começo a disparar na escuridão. Depois de algumas dezenas de flashes, nós o espantamos.
Para nosso desespero, o guia
desliga o motor do carro e apaga o
holofote. No escuro da noite sem
lua, ouvimos o rugir dos leões, que
podem ser dois ou dez, tamanha a
intensidade. O dedo quase congela pelo frio e pelo misto de pavor e
adrenalina. Penso: "Minha vida
nunca mais será a mesma".
Adriana Zehbrauskas viajou a convite da
operadora Queensberry Viagens e Turismo
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