São Paulo, segunda, 5 de janeiro de 1998.



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Rei é fonte de lenda

do enviado especial

Tintagel é uma cidade sem história. Como o turismo na Europa vive do passado, a cidade recorreu à ficção para atrair turistas.
A solução encontrada pelos habitantes foi boa: segundo a lenda, Tintagel abriga o castelo onde nasceu o rei Arthur, que depois saiu de lá para arrancar uma espada de um rochedo -como se ela estivesse cravada em um monte de espuma-, virar rei e reunir os mais nobres cavaleiros em torno de uma mesa redonda sem que o assunto discutido fosse futebol.
A cidade, no litoral atlântico, no sudoeste do Reino Unido, a duas horas de Paigton, incorpora bem o espírito. O principal pub e restaurante se chama King Arthur. A loja de conveniência e a farmácia, idem.
O castelo -ou melhor, as ruínas que restaram dele- é dividido em duas partes ligadas por uma ponte. A principal, onde ficam os aposentos reais, está incrustada numa ilha com rochedos, contra os quais arrebentam as ondas do mar.
Induzido pelo clima da cidade, a sensação ao final do passeio é a de que ninguém imaginaria um lugar melhor para o rei Arthur ter nascido. Mais um ponto para a cidade.
Igreja
Tintagel possui ainda uma outra atração, a Parish Church, uma capela católica erguida entre 1080 e 1150, antes da formação da igreja anglicana.
A construção é rústica, de pedras e madeira, e sofreu influência dos saxões. O cemitério da cidade fica em seu terreno.
A capela fica aberta durante todo o dia, até as 18h. Em seu interior existem libretos com cânticos e a história da construção, que custam US$ 2. Não há ninguém tomando conta. Você pode pagar na hora -depositando numa caixinha ao lado do material- ou deixar que Deus o faça. (SL)



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