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HERANÇA ASTECA
"Clavadista" salta de 38 metros após pai-nosso
DA ENVIADA ESPECIAL
O show dos "clavadistas" (mergulhadores) de La Quebrada, cartão-postal de Acapulco e imortalizado no cinema por Elvis Presley
no filme "O Seresteiro de Acapulco", chega a arrepiar os espectadores.
Os mergulhadores atravessam
uma plataforma que funciona como mirante -e onde está parte
do público-, descem a encosta
de rochas e atravessam a nado os
oito metros de mar até o outro penhasco localizado em frente ao
rochedo de onde saíram.
Escalam a encosta por uma fenda lateral e, após um pai-nosso e
uma ave-maria no pequeno altar
dedicado à padroeira do México,
Nossa Senhora de Guadalupe, saltam de uma altura de 38 m, chegando a atingir 90 km/h. Um "clavadista" fica no mar e auxilia o
que mergulha, sinalizando o melhor momento para o salto, que
deve coincidir com uma onda.
Tudo começou em 1932, quando os turistas jogavam moedas
aos pescadores que pulavam das
pedras para soltar anzóis presos.
Logo esses profissionais perceberam que aquilo podia se transformar em um bom negócio. Hoje
a atividade, que tem até sindicato,
conta com 40 profissionais que
chegam a receber US$ 800 por semana. "É uma profissão", diz o
"clavadista" Cesar Vargas, 30.
O espetáculo pode ser visto do
mirante ou das varandas do hotel
El Mirador. Os ingressos custam
de US$ 1,23 a US$ 25,6, com jantar. É possível também alugar um
barco e assistir ao show da baía.
Nesse caso, o preço pode variar de
US$ 1.640 a US$ 3.076, dependendo da embarcação.
São cinco shows diários, de cerca de dez minutos de duração. O
mais concorrido é o das 22h,
quando os "clavadistas" saltam
com tochas acesas.
(RI)
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