São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2001

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HERANÇA ASTECA

"Clavadista" salta de 38 metros após pai-nosso

DA ENVIADA ESPECIAL

O show dos "clavadistas" (mergulhadores) de La Quebrada, cartão-postal de Acapulco e imortalizado no cinema por Elvis Presley no filme "O Seresteiro de Acapulco", chega a arrepiar os espectadores.
Os mergulhadores atravessam uma plataforma que funciona como mirante -e onde está parte do público-, descem a encosta de rochas e atravessam a nado os oito metros de mar até o outro penhasco localizado em frente ao rochedo de onde saíram.
Escalam a encosta por uma fenda lateral e, após um pai-nosso e uma ave-maria no pequeno altar dedicado à padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe, saltam de uma altura de 38 m, chegando a atingir 90 km/h. Um "clavadista" fica no mar e auxilia o que mergulha, sinalizando o melhor momento para o salto, que deve coincidir com uma onda.
Tudo começou em 1932, quando os turistas jogavam moedas aos pescadores que pulavam das pedras para soltar anzóis presos.
Logo esses profissionais perceberam que aquilo podia se transformar em um bom negócio. Hoje a atividade, que tem até sindicato, conta com 40 profissionais que chegam a receber US$ 800 por semana. "É uma profissão", diz o "clavadista" Cesar Vargas, 30.
O espetáculo pode ser visto do mirante ou das varandas do hotel El Mirador. Os ingressos custam de US$ 1,23 a US$ 25,6, com jantar. É possível também alugar um barco e assistir ao show da baía. Nesse caso, o preço pode variar de US$ 1.640 a US$ 3.076, dependendo da embarcação.
São cinco shows diários, de cerca de dez minutos de duração. O mais concorrido é o das 22h, quando os "clavadistas" saltam com tochas acesas. (RI)




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