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AMÉRICA NEGRA
Bairro nova-iorquino mistura influências européia e africana
Artes fazem do Harlem a
capital dos negros dos EUA
ANA MARIA GUARIGLIA
enviada especial a Nova York
O bairro do Harlem, em Nova
York, é conhecido como a "capital da América negra". Para o visitante, não é um local de turismo,
mas de um passeio cultural.
O bairro se estende entre as ruas
96 e 170, em Manhattan. A rua 125
é o seu coração.
Em dois ou três dias, você pode
conhecer o bairro e descobrir detalhes fascinantes de sua história.
O nome vem do holandês Nieuw
Haarlem, derivado de Haarlem, cidade dos Países Baixos.
Século 20
Entre 1906 e 1910, os moradores
negros foram expulsos da área
ocupada hoje pela Penn Station e
pelo Lincoln Center e se dirigiram
para o Harlem.
Apesar de ser um bairro marcado pelas questões raciais, o Harlem foi berço de personagens
proeminentes na música, na literatura e no cinema: o escritor James Baldwin, os atores Harry Belafonte, Sidney Poitier e Sammy
Davis Jr., as cantoras Ella Fitzgerald e Dinah Washington, os músicos Duke Ellington e Scott Joplin
e o líder político Malcolm X.
No Raven Chaticleer African
American Wax Museum of Harlem (rua 115 Oeste) estão reproduções em cera de várias figuras históricas norte-americanas. A Adam
Clayton Powell Jr. Gallery (rua 125
Oeste) tem fotos, pinturas e esculturas de artistas locais.
O bairro guarda ainda uma importante atividade cultural, comprovada pelo grande número de
teatros, museus e igrejas.
Entre elas, a Abyssinian Baptist
Church (rua 138 Oeste).
A universidade e os museus
A Universidade Columbia é uma
parada obrigatória. Seus prédios
são marcos históricos.
Como a biblioteca Low, fundada
por Set Low, com sua vasta coleção
de livros e revistas, ou a Casa Italiana, construída em 1926 em estilo renascentista.
Fora da universidade, a American Numismatic Society (Broadway na altura da rua 155) contém
uma grande coleção de moedas,
medalhas e notas, além de uma
importante biblioteca.
Já a igreja de Nossa Senhora de
Lourdes (rua 142 Oeste) foi edificada com peças do século 19. Sua
fachada gótica pertenceu à Academia Nacional de Desenho.
Ana Maria Guariglia viajou a convite da Kodak
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