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DIVERSÃO ANIMAL
Primeiro contato com pescoçuda no Safari Serengeti, que não está incluído no ingresso, assusta turista
Busch Gardens incita amizade com girafa
DO ENVIADO ESPECIAL À FLÓRIDA
Ela caminha a passos rápidos e
ritmados em direção ao jipe-camionete, que está parado numa
trilha acidentada, propositadamente, à sua espera. De repente, o
susto. Ducks põe para fora a língua e tenta dar uma lambida no
rosto de um, de dois, de três integrantes da "expedição". A esquiva
é imediata, para certa frustração
de Kimberly Abbott, a guia.
"Olha que graça, a girafa está
tentando beijá-lo", diz Kimberly
para um turista, que, sem coragem para receber o afago, quase
se deita na não muito confortável
caçamba. Os demais participantes gargalham.
Ducks não desiste e segue esticando o enorme pescoço, até que
a guia abre uma caixa presa ao
veículo, retira algumas folhas e as
serve à girafa de 20 e poucos anos.
O mamífero beijoqueiro devora o
alimento com gosto.
Passado o sobressalto inicial, o
grupo que faz parte do Serengeti
Safari, uma das atrações que valem a pena em Busch Gardens, em
Tampa (a uma hora de carro de
Orlando), passa também a levar
as plantas à boca da pescoçuda,
agora já quase uma amiga.
O tour tem esse nome em alusão
ao Serengeti, um parque ecológico localizado na Tanzânia (África), famoso por sua fauna diversificada, com destaque para zebras,
girafas, búfalos, elefantes, rinocerontes e antílopes. Na rota em
Busch Gardens (www.buschgardens.com.br), além das girafas, pode-se deparar com antílopes, rinocerontes e algumas espécies de aves, como o avestruz. Os
antílopes, a exemplo do que acontece com as girafas, podem ser alimentados pelos visitantes. Aí está
a parte mais divertida do safári.
Após o medo inicial desaparecer, não hesite em fazer carinhos e
bater várias fotos junto da pescoçuda. Ou das pescoçudas, pois Betiti, girafinha de um ano e meio de
idade, logo surge, passos menos
rápidos, mas tão ritmados quanto
os de Ducks, para se tornar o centro das atenções do grupo.
Durante o Serengeti Safari, o
guia fica à disposição para responder às questões dos mais curiosos e presta informações gerais
sobre os animais, por exemplo,
que o tempo de gestação de uma
girafa é de 14 meses.
Uma curiosidade: os bichos, ou
a maioria deles, que vivem naquele espaço têm nome, geralmente
escolhido pelos funcionários que
cuidam da mãe, e atendem quando são chamados pelas vozes que
estão acostumados a escutar.
Uma desvantagem desse passeio é que, como no Sea World em
relação ao mergulho com tubarões, o preço não está incluído no
ingresso (US$ 53,44, adultos, e
US$ 43,81, crianças de 3 a 9 anos,
mais US$ 8 de estacionamento).
Aliás, por ser o percurso do jipe-camionete, que dura de 30 a 40
minutos, um tanto acidentado,
com vários sacolejos, a criança
precisa ter ao menos cinco anos
para participar do tour.
A cada saída, 20 pessoas podem
embarcar na camionete. São cinco passeios diários, um de manhã
e quatro à tarde, e as reservas, a
um custo individual de US$ 29,99,
devem ser feitas na chegada ao
parque, que tem ainda uma filial
em Williamsburg, na Virgínia.
Para quem não quer pagar o extra, os animais podem ser observados, mas com menos intimidade, por meio do Serengeti Express
Railway, o trem que desbrava o
parque, e do Skyride, o bem pouco empolgante teleférico. Ou até
mesmo, para quem gosta de uma
caminhada, a pé.
(LUÍS CURRO)
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