São Paulo, quinta-feira, 06 de janeiro de 2011

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PLANET@ LETRA

Original recupera tom crítico de "Gulliver"

Lançado junto de um filme 3D inspirado na saga, livro pode causar estranhamento

DE SÃO PAULO

A estreia do filme 3D "As Viagens de Gulliver", no próximo dia 14, vem junto ao lançamento recente do clássico de Jonathan Swift pela Penguin-Cia. das Letras. E quem busca viagens por terras fictícias encontra duas experiências muito distintas embarcando em filme e livro.
O filme, estrelado por Jack Black, é a mais recente de uma longa lista de adaptações desse clássico.
Na versão dirigida por Rob Letterman, apenas a primeira das viagens é contada.
Gulliver (Black) é um americano frustrado que decide ir ao Triângulo das Bermudas atrás de uma reportagem e é transportado para Lilipute.
Já quem só conhece Gulliver dos livros infantis pode estranhar o original. O livro é um tanto amargo, desesperançado em relação ao ser humano.
A leitura se dá em vários níveis, e o prefácio de George Orwell contextualiza um dos aspectos menos comentados de "As Aventuras de Gulliver" -seu entendimento como uma mordaz crítica social, em especial da sociedade inglesa do século 19.
Da mesma maneira, o livro pode ser lido também como uma paródia das narrativas de viagem superlativas dos exploradores europeus. E, é claro, como uma sucessão de viagens por mundos estranhos e fantásticos.
Quem prefere viagens no mundo real pode fazer um tour inspirado na vida de Swift por Dublin, na Irlanda, passando pelo Trinity College, onde ele estudou, e pela catedral de São Patrício, onde, após ser ordenado padre anglicano, ele foi decano.
O destino de quem prefere passear pelas locações do novo blockbuster é Londres -mais especificamente Greenwich. As filmagens foram feitas no imponente Old Royal Naval College, na Universidade de Greenwich e na Queen's House.

FICÇÃO

Viagens de Gulliver
Jonathan Swift
TRADUÇÃO Paulo Henriques Britto
EDITORA Penguin- Cia. das Letras
QUANTO R$ 29,50 (448 págs.)


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