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134 KM DE SP
Com maior parte de trechos em declive, caminhada põe andarilhos em contato com natureza de forma "light"
Trilha agrada a adeptos da não-exaustão
TATIANA DINIZ
ENVIADA ESPECIAL A MONTE VERDE (MG)
Para quem aprecia natureza,
mas não é simpático à idéia da
exaustão total, fazer a trilha que liga a cidade de Monte Verde (MG)
a São Francisco Xavier (SP) é uma
opção de "aventura light".
Feito em um dia, o passeio reserva cinco horas de caminhada
entre bosques e matas da serra da
Mantiqueira, com direito a pausas em cenários inspiradores como a parada feita em um mirante
a 2.040 m de altitude ou o "pit
stop" ao lado de uma cachoeira.
"A trilha é relaxante por não ser
das mais puxadas. O contato intensivo com a natureza pode ser
estressante por fatores como frio e
cansaço, mas esse percurso é tranqüilo", observa a fisioterapeuta
Ana Paula Restiffe, 36, guia da
operadora Pisa Trekking.
Depois de viajar cerca de duas
horas de ônibus partindo da capital paulista, o time liderado por
Restiffe dá adeus ao transporte
motorizado nas vizinhanças da
mata em Monte Verde.
O reencontro só acontecerá em
São Francisco Xavier, ou seja, não
há como desistir no meio do caminho. É seguir em frente.
A primeira parte da jornada se
revela a mais exigente, pois prevê
um subida íngreme por cerca de
vinte minutos. Dá para sentir a
freqüência cardíaca aumentar.
O destino final, entretanto,
compensa: do alto da Pedra Partida, onde fica o mirante a 2.040 m
de altitude, a vista é exuberante.
Para qualquer lado que se olhe, dá
para conferir um pouco mais da
paisagem da região. Ao longe,
uma cidade pode ser avistada
com seus casarios diminuídos pela distância. É São Francisco Xavier, destino final dos andarilhos.
Daí para frente é só descida. Em
largas estradas de terra ou em estreitas passagens no meio da vegetação, cruzando riachos, mantendo a atenção para não escorregar sobre as pedrinhas redondas
que cobrem todo o caminho. Descendo sempre, a parte do corpo
que mais sente é o joelho.
Por todo o percurso, barulho de
água corrente. O efeito de relaxamento é imediato.
Mais uma pausa para renovar as
energias, dessa vez numa clareira
no meio da floresta, com direito a
restos de fogueira deixados por
alguém que passou a noite anterior por ali.
Um dos pontos altos da caminhada é entrar na fazenda Santa
Cruz. A sensação é a de dar uma
volta em algum dos quadros de
Van Gogh (1853-1890) que retratam ambientes rurais.
Antes de deixar a propriedade,
vale dar uma olhada para trás e
conferir a panorâmica das serras.
Da fazenda até o ponto final da
caminhada leva-se menos de uma
hora. A essa altura o cansaço já
deu seus primeiros sinais, mas isso acontece bem em tempo de a
jornada terminar.
Tatiana Diniz viajou a convite da Pisa
Trekking
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