São Paulo, segunda-feira, 06 de setembro de 2004

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PÓS-9/11

Arredores do local onde ocorreu ataque relembram história de vítimas

Marco zero vira novo ponto de peregrinação em NY

DA ASSOCIATED PRESS

Por gerações, visitantes em Nova York foram ao Times Square, ao Empire State Building e à Estátua da Liberdade. Mas desde o 11 de Setembro, outro ponto entrou na rota dos viajantes: o local onde era o World Trade Center.
Embora muitos nova-iorquinos não gostem, as peregrinações ao "Ground Zero" viraram parte integrante do turismo a Nova York.
A qualquer hora do dia, dúzias de pessoas estão ali. Assim como as torres gêmeas eram uma marca de Nova York, seus fantasmas também o são.
Para quem viu o ataque na TV, a visita coloca os fatos em perspectiva. Muitos pensam que apenas as torres gêmeas caíram. Na realidade foram sete prédios.
"Uma vez que você vê ao vivo, tem uma idéia mais clara de como foi grande esse ataque", diz Cristyne Nicholas, presidente do escritório de turismo da cidade (www.nycvisit.com). Nenhuma das companhias de turismo em Manhattan menciona o marco zero em seus roteiros. "Seria bastante desagradável", diz Nicholas.
No local, equipes removem ruínas de uma garagem e fazem a fundação do prédio que ocupará o terreno. A torre da Liberdade terá 532,8 metros de altura -será o prédio mais alto do mundo quando ficar pronto em 2009.
Aço retorcido e um trecho de muro que resistiu ao ataque serão expostos no novo prédio.
Também está planejada a construção de um memorial permanente que vai transformar a base do que foi o WTC em um espelho d'água. Ao redor da água, estarão escritos os nomes das vítimas.
Enquanto isso, um memorial interino pode ser visitado no parque Battery, a cinco minutos do marco zero. A "Esfera", uma escultura de bronze que ficava no topo de uma das torres está lá.
Alguns passos a mais e chega-se ao museu do Arranha-Céu (www.skyscraper.org), que contém um modelo do WTC com 2,1 metros de altura, que foi usado durante anos para apresentar como seriam as torres antes de sua construção ser concluída.
No Winter Garden vêem-se modelos de como será a torre da Liberdade e o memorial.
Um prédio que escapou da tragédia foi a catedral de St. Paul (www.saintpaulschapel.org), que fica do outro lado da rua de onde aconteceu o ataque.
Por nove meses, a catedral foi abrigo de trabalhadores que fizeram a limpeza do marco zero. Recados, homenagens e manifestações pós-ataques estão expostos no templo.
Exposições nos museus dos Bombeiros (www.nycfiremuseum.org) e da Polícia (www.nycpolicemuseum.org) contam a vida dos que morreram no ataque.
No museu da Polícia há uma réplica em tamanho natural de policiais remexendo 1,8 milhão de toneladas de entulhos para encontrar algo que pudesse ajudar a identificar vítimas.


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