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ILHAS DA FANTASIA
Cai visto de turismo para sul-americanos em Maurício, país localizado na costa oriental da África
Vanessa Adachi/Folha Imagem
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Turistas jogam vôlei de praia em resort de Maurício; apeasar de caro, esse meio de hospedagem garante o sussego do visitante |
Brasil ganha acesso a paraíso no Índico
VANESSA ADACHI
enviada especial a Maurício
Há pouco mais de um mês, foi
liberado para os brasileiros o
acesso ao paraíso: um pequeno
país encravado no oceano Índico,
a meio caminho entre África e
Ásia, chamado Maurício, mais
conhecido pelos brasileiros como
ilhas Maurício, apesar de apenas a
ilha principal ter esse nome.
O visto de turismo para ingressar no país, que antes levava cinco
semanas para ser aprovado, caiu.
Não só para o Brasil, mas também
para Chile, Argentina e Paraguai.
Agora o visitante sul-americano
recebe o visto ao entrar em Maurício, no aeroporto mesmo.
Por conta disso, agências especializadas em destinos exóticos já
começam a se movimentar para
tentar convencer os brasileiros a
trocar as praias de Taiti ou do Caribe pelas mauricianas.
Em boa parte por causa da dificuldade que existia, no ano passado apenas cem brasileiros puderam desfrutar da paisagem perfeita. Recifes de corais circundam
todo o território como um anel,
fazendo com que as ondas quebrem a dezenas de metros da
praia. O resultado dessa verdadeira obra de engenharia da natureza
é que o mar se transforma quase
em uma piscina tranquila e de
águas claras.
Coqueiros, areia branca e muito
sol -a região ocupa a mesma latitude do Rio de Janeiro- completam a visão do paraíso.
Maurício também atrai pela
miscigenação de povos e culturas
do oriente e do ocidente, que convivem em harmonia, segundo
gostam de dizer os moradores.
O visitante desavisado se surpreende ao chegar ao aeroporto e
verificar a quantidade de pessoas
com aparência de indianos. São
mauricianos autênticos.
Os descendentes de indianos
formam a maioria da população
do país, cerca de 60% do total. Foram levados para lá para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar durante o período colonial.
A eles se juntam descendentes
de árabes, chineses, franceses, holandeses, ingleses, sul-africanos e
outros. O resultado da mistura está na língua, na comida e na diversidade de religiões.
Embora o inglês seja o idioma
oficial de Maurício, o que se ouve
mesmo é o francês e, nas ruas, o
crioulo -uma mistura de francês
com dialetos africanos.
No interior do país, a paisagem
é dominada pelas montanhas
-trata-se de um arquipélago vulcânico, sem nenhum vulcão ativo- e pelos canaviais.
Vanessa Adachi viajou a convite do governo de Maurício, da operadora Singa Brasil
Turismo e da South African Airways.
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