São Paulo, Segunda-feira, 06 de Setembro de 1999
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ILHAS DA FANTASIA
Cai visto de turismo para sul-americanos em Maurício, país localizado na costa oriental da África
Vanessa Adachi/Folha Imagem
Turistas jogam vôlei de praia em resort de Maurício; apeasar de caro, esse meio de hospedagem garante o sussego do visitante


Brasil ganha acesso a paraíso no Índico

VANESSA ADACHI
enviada especial a Maurício

Há pouco mais de um mês, foi liberado para os brasileiros o acesso ao paraíso: um pequeno país encravado no oceano Índico, a meio caminho entre África e Ásia, chamado Maurício, mais conhecido pelos brasileiros como ilhas Maurício, apesar de apenas a ilha principal ter esse nome.
O visto de turismo para ingressar no país, que antes levava cinco semanas para ser aprovado, caiu. Não só para o Brasil, mas também para Chile, Argentina e Paraguai. Agora o visitante sul-americano recebe o visto ao entrar em Maurício, no aeroporto mesmo.
Por conta disso, agências especializadas em destinos exóticos já começam a se movimentar para tentar convencer os brasileiros a trocar as praias de Taiti ou do Caribe pelas mauricianas.
Em boa parte por causa da dificuldade que existia, no ano passado apenas cem brasileiros puderam desfrutar da paisagem perfeita. Recifes de corais circundam todo o território como um anel, fazendo com que as ondas quebrem a dezenas de metros da praia. O resultado dessa verdadeira obra de engenharia da natureza é que o mar se transforma quase em uma piscina tranquila e de águas claras.
Coqueiros, areia branca e muito sol -a região ocupa a mesma latitude do Rio de Janeiro- completam a visão do paraíso.
Maurício também atrai pela miscigenação de povos e culturas do oriente e do ocidente, que convivem em harmonia, segundo gostam de dizer os moradores.
O visitante desavisado se surpreende ao chegar ao aeroporto e verificar a quantidade de pessoas com aparência de indianos. São mauricianos autênticos.
Os descendentes de indianos formam a maioria da população do país, cerca de 60% do total. Foram levados para lá para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar durante o período colonial.
A eles se juntam descendentes de árabes, chineses, franceses, holandeses, ingleses, sul-africanos e outros. O resultado da mistura está na língua, na comida e na diversidade de religiões.
Embora o inglês seja o idioma oficial de Maurício, o que se ouve mesmo é o francês e, nas ruas, o crioulo -uma mistura de francês com dialetos africanos.
No interior do país, a paisagem é dominada pelas montanhas -trata-se de um arquipélago vulcânico, sem nenhum vulcão ativo- e pelos canaviais.


Vanessa Adachi viajou a convite do governo de Maurício, da operadora Singa Brasil Turismo e da South African Airways.


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