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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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Canal é movido por grandiosidade

DO ENVIADO ESPECIAL

O canal do Panamá foi construído entre 1903 e 1914 pelos EUA, após uma tentativa frustrada da França, entre 1880 e 1900.
Desde 1534, época de Carlos 5º, da Espanha, o homem almejava transpor navios do Atlântico ao Pacífico (e vice-versa) por ali.
Um acordo firmado entre EUA e Panamá, em 1979, garantiu aos americanos mais 20 anos de domínio do canal. Em 31 de dezembro de 1999, o controle da passagem foi entregue aos panamenhos. "Mas, até hoje, podemos ver navios norte-americanos na região. Temos uma "independência". O canal será um ponto estratégico eterno para eles", diz o guia Colon Gardia.
Do oceano Atlântico até o Pacífico, as embarcações passam por três eclusas e um lago. Primeiro passo: são elevadas 26 metros pelas eclusas de Gatún até o lago homônimo. Então cruzam a cordilheira Central para chegar ao outro lado do istmo.
Dali, os navios são transportados ao nível do lago por 197 milhões de litros de água, movida pela força da gravidade, por vazão da bacia superior para a inferior.
Após navegarem pelo lago, as embarcações passam pelas eclusas de Pedro Miguel e Miraflores e chegam ao Pacífico. Todo o procedimento tem cara de "made in USA", da organização do acesso aos uniformes dos funcionários.
O ponto de observação do canal fica na eclusa de Miraflores.
No momento em que a reportagem da Folha visitava o canal, um navio com 3.000 automóveis passava pelas eclusas. Tudo era enorme: as locomotivas-guias (ali foram usadas duas, mas podem ser até quatro, dependendo do tamanho do navio), as dimensões da embarcação (no máximo precisos 32,31 metros de largura e 294,13 metros de comprimento), o volume de água das comportas das eclusas, com 26 metros de profundidade, e toda a arte do funcionamento.
De 1914 até hoje, passaram navios por ali 800 mil vezes. Petróleo, carga em contêineres e alimentos estão entre os produtos mais transportados. (RR)


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