Coleção Amalia Lacroze de Fortabat e Fundação Proa trazem novos ventos para circuito portenho de arte

DA REDAÇÃO

Ligada a São Paulo por mais de uma centena de vôos diretos semanais, Buenos Aires é quase velha conhecida do turista brasileiro. Quase: nesta alta temporada, somam-se à lista das atrações tradicionais um novo museu de arte e outro, recém-reaberto, que foi ampliado.
O primeiro, em Puerto Madero, zona portuária remodelada nos anos 1990, expõe 230 obras da eclética coleção da magnata Amalia Lacroze de Fortabat. O edifício, em aço e vidro, projeto do uruguaio Rafael Viñoly, radicado em Nova York, privilegia a vista dos diques de Puerto Madero; sua transparência, dizem, atende a um desejo da dona da coleção: ver as obras de arte e as estrelas do céu ao mesmo tempo.
Segunda novidade do circuito cultural portenho, a Fundação Proa, no bairro La Boca, perto do porto, tem no acervo somente arte contemporânea.
Não que a capital argentina ainda não tivesse seu grande museu de arte moderna e contemporânea: desde a abertura do Malba, a coleção Costantini já cumpria essa função.
Mas, agora, as coleções Fortabat e Proa enriquecem o roteiro de quem quer algo além de boas compras, boa mesa, passeios agradáveis e shows.
E, para 2010, no bicentenário da Revolução de Maio de 1810, que desaguou na Independência do país, Buenos Aires deve edificar um novo marco arquitetônico, que tanto pode ser um mirante, um prédio em forma de barco ou um bosque de agulhas.
Com o real valendo 1,57 pesos argentinos e um vôo de menos de três horas separando São Paulo e Rio de Janeiro de Buenos Aires, essa metrópole moderna de ares retrô, onde vivem 2,8 milhões de pessoas, é, a qualquer tempo, destino preferencial do viajante brasileiro.
No Réveillon, essa procura é ainda maior -e há vagas para a virada de ano.