São Paulo, quinta-feira, 06 de dezembro de 2007

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PARÁ

Puçangas do Ver-o-Peso incitam conversa

Diante dos vidros coloridos de "abre caminho" e "quebra inveja", é fácil puxar papo com as vendedoras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BELÉM

O mercado do Ver-o-Peso é o principal ponto turístico de Belém. Considerado uma das maiores feiras livres da América Latina, o mercado fica na parte da cidade velha, na orla da baía de Guajará.
São centenas de barracas nos arredores do mercado de Ferro, que atualmente abriga as bancas de peixe.
Trazidas da Inglaterra e inauguradas em 1901, as torres do mercado de Ferro mantêm-se até hoje como um dos símbolos mais conhecidos de Belém.
O nome do mercado vem do posto fiscal criado no sítio de uma antiga aldeia tupinambá no século 17, onde era obrigatório checar o peso das mercadorias que entravam e saíam da Amazônia.
Nas bancas são comercializadas diferentes espécies de peixes, frutas, plantas ornamentais, alimentos como a maniva (planta cuja raiz é a mandioca) pré-cozida, aves e dezenas de ervas medicinais, usadas para o preparo de chás, banhos e defumações.
As barracas de vendas de ervas medicinais, usadas em rituais sagrados e na produção de raízes aromáticas, formam a parte mais colorida e interessante do mercado.
As puçangas -como são chamados os remédios de preparo caseiro- são vendidas em garrafas e vidrinhos, e têm nomes curiosos como "abre caminho", "chama dinheiro", "quebra inveja" e "Viagra natural".
Apesar de presentes no Ver-o-Peso, o local mais indicado para comprar réplicas do artesanato marajoara, como jarros, vasos e cerâmicas, é o distrito de Icoaraci, ao norte de Belém.
Os belenenses recomendam atenção com furtos ao visitar o mercado e seus arredores. (PC)


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