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PARÁ
Puçangas do Ver-o-Peso incitam conversa
Diante dos vidros coloridos de "abre caminho" e "quebra inveja", é fácil puxar papo com as vendedoras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BELÉM
O mercado do Ver-o-Peso é o
principal ponto turístico de Belém. Considerado uma das
maiores feiras livres da América Latina, o mercado fica na
parte da cidade velha, na orla da
baía de Guajará.
São centenas de barracas nos
arredores do mercado de Ferro,
que atualmente abriga as bancas de peixe.
Trazidas da Inglaterra e
inauguradas em 1901, as torres
do mercado de Ferro mantêm-se até hoje como um dos símbolos mais conhecidos de Belém.
O nome do mercado vem do
posto fiscal criado no sítio de
uma antiga aldeia tupinambá
no século 17, onde era obrigatório checar o peso das mercadorias que entravam e saíam da
Amazônia.
Nas bancas são comercializadas diferentes espécies de peixes, frutas, plantas ornamentais, alimentos como a maniva
(planta cuja raiz é a mandioca)
pré-cozida, aves e dezenas de
ervas medicinais, usadas para o
preparo de chás, banhos e defumações.
As barracas de vendas de ervas medicinais, usadas em rituais sagrados e na produção de
raízes aromáticas, formam a
parte mais colorida e interessante do mercado.
As puçangas -como são chamados os remédios de preparo
caseiro- são vendidas em garrafas e vidrinhos, e têm nomes
curiosos como "abre caminho",
"chama dinheiro", "quebra inveja" e "Viagra natural".
Apesar de presentes no Ver-o-Peso, o local mais indicado
para comprar réplicas do artesanato marajoara, como jarros,
vasos e cerâmicas, é o distrito
de Icoaraci, ao norte de Belém.
Os belenenses recomendam
atenção com furtos ao visitar o
mercado e seus arredores.
(PC)
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