No ano que vem, uma amostra do acervo do museu do Ouro poderá ser vista em São Paulo, na Pinacoteca

DO ENVIADO ESPECIAL À COLÔMBIA

Aos domingos, quando os museus de Bogotá têm entrada gratuita, as filas são de perder de vista. Diante do museu do Ouro, em 26 de abril, ela serpenteava pela praça e dobrava a esquina. Famílias, jovens, senhores e turistas esperavam a vez de entrar no prédio, reaberto em novembro do ano passado, depois da reforma que dobrou a área de exposições.
Vale a pena aguardar. A instituição reúne uma estonteante coleção de peças pré-colombianas de ouro que atestam a sofisticação das populações que habitavam a Colômbia antes da chegada dos espanhóis. No ano que vem, uma boa amostra desse acervo poderá ser vista em São Paulo, na Pinacoteca do Estado. Entre as peças que serão trazidas ao Brasil estará a que deu origem à coleção do museu, em 1939: um recipiente chamado poporo, utilizado para misturar cal e coca.
O responsável pela coleção é o Banco de La República, que patrocinou a reforma do prédio. O museu do Ouro possui mais de 50 mil peças. A extensão e a qualidade do acervo permitem que parte da coleção possa ser exposta em outras cidades colombianas e percorra países -como o Japão, a Austrália e o Canadá, que receberam algumas exposições no ano passado.
(MARCOS AUGUSTO GONÇALVES)