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CHILE EM BRANCO
A 870 km de Santiago, estação fica a 30 min da cidade
Pucón se rende à prática do snowboard
BRUNO GARATTONI
ENVIADO ESPECIAL A PUCÓN (CHILE)
A propaganda turística da cidade de Pucón, que fica 870 km ao
sul de Santiago, no Chile, é típica:
"Pucón todo o ano", aludindo à
variedade de atrações no verão e
no inverno. O que mais interessa,
para quem viaja durante este mês,
é a neve e o esqui, mas convém
não perder de vista outras opções.
A estação de esqui de Pucón,
que não estava em operação
quando foi visitada pela reportagem, tem instalações imperfeitas
-fica devendo um teleférico fechado e seu principal restaurante,
em reforma, é pequeno-, mas
compensa na boa vista.
As pistas -num total de nove,
agrupadas nas categorias muito
fácil, fácil, difícil e para experts-
ficam na encosta do vulcão Villarrica, cujo pico tem 2.840 m. Dentre os trajetos mais ousados, estão
o Juncallillo, que começa no centro da estação, a 1.400 m de altitude, e consiste numa descida de
200 m, e o Colico, cujo desnível
vertical é de 440 m.
Segundo seus mantenedores, a
estação de esqui de Pucón é geograficamente ideal para a prática
do snowboard, já tendo inclusive
sediado, nos dois últimos anos,
etapas do campeonato mundial
desse esporte. Como a estação fica
longe, a meia hora de carro dos
hotéis, não é indicada para famílias ou aficionados por esqui -os
deslocamentos obrigatórios cansam e tomam tempo.
Associado à vocação para o
snowboard, esse motivo torna a
estação interessante para quem
viaja só ou com amigos e quer esquiar sem fanatismo -pode-se
agendar, com hora marcada, uma
aula particular de snowboard para até quatro pessoas, ou participar de lições coletivas.
Pucón tem 15 mil habitantes,
mas sua infra-estrutura turística,
que começou a ser constituída há
apenas cinco anos, é interessante.
A viagem é um pouco longa -de
São Paulo, são três horas de avião
até Santiago, mais uma hora de
vôo, na conexão, até a cidade de
Temuco, e outra hora de carro
(US$ 656, www.lanchile.com;
sem o traslado de carro).
A cidade pode estar, de fato, um
pouco fora de mão, mas sua história é curiosa, a começar pelo vulcão Villarrica, inativo desde 1983.
Para entender, alugue um carro
(US$ 27 o dia nas locadoras do
centro) e vá às Termas Huife
-www.termashuife.cl, 30 km a
nordeste de Pucón. Passe pela
avenida principal, uma linha reta
que chega a San Martin de Los
Andes, na Argentina.
São duas piscinas aquecidas,
uma a 37C e outra a 40C. Depois
de entrar (6,50 pesos, ou R$ 27),
vá à primeira piscina e observe a
vista, um riachinho pedregoso,
com corredeiras e, adiante, uma
ponte pênsil. Os mais corajosos
podem descer uma escadinha e
entrar na água fria do riacho que
passa ao lado.
Viajando acompanhado, não
deixe de ficar, por uma noite ao
menos, num chalé das termas. A
diária do melhor apartamento é
82.000 pesos, aproximadamente
R$ 330. É preciso fazer reservas
com 15 dias de antecedência.
Não querendo sair da cidade, fique no hotel del Lago. Uma diária
no hotel, que tem entretenimento
noturno, custa
US$ 80 -por uma suíte com vista
para o vulcão Villarrica.
Bruno Garattoni viajou a convite da
LanChile e dos hotéis Villarrica Park Lake, hotel del Lago Resort & Casino, Gran
Hotel Pucon Resort & Club
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