UOL


São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

Próximo Texto | Índice

CHILE EM BRANCO

A 870 km de Santiago, estação fica a 30 min da cidade

Pucón se rende à prática do snowboard

BRUNO GARATTONI
ENVIADO ESPECIAL A PUCÓN (CHILE)

A propaganda turística da cidade de Pucón, que fica 870 km ao sul de Santiago, no Chile, é típica: "Pucón todo o ano", aludindo à variedade de atrações no verão e no inverno. O que mais interessa, para quem viaja durante este mês, é a neve e o esqui, mas convém não perder de vista outras opções.
A estação de esqui de Pucón, que não estava em operação quando foi visitada pela reportagem, tem instalações imperfeitas -fica devendo um teleférico fechado e seu principal restaurante, em reforma, é pequeno-, mas compensa na boa vista.
As pistas -num total de nove, agrupadas nas categorias muito fácil, fácil, difícil e para experts- ficam na encosta do vulcão Villarrica, cujo pico tem 2.840 m. Dentre os trajetos mais ousados, estão o Juncallillo, que começa no centro da estação, a 1.400 m de altitude, e consiste numa descida de 200 m, e o Colico, cujo desnível vertical é de 440 m.
Segundo seus mantenedores, a estação de esqui de Pucón é geograficamente ideal para a prática do snowboard, já tendo inclusive sediado, nos dois últimos anos, etapas do campeonato mundial desse esporte. Como a estação fica longe, a meia hora de carro dos hotéis, não é indicada para famílias ou aficionados por esqui -os deslocamentos obrigatórios cansam e tomam tempo.
Associado à vocação para o snowboard, esse motivo torna a estação interessante para quem viaja só ou com amigos e quer esquiar sem fanatismo -pode-se agendar, com hora marcada, uma aula particular de snowboard para até quatro pessoas, ou participar de lições coletivas.
Pucón tem 15 mil habitantes, mas sua infra-estrutura turística, que começou a ser constituída há apenas cinco anos, é interessante. A viagem é um pouco longa -de São Paulo, são três horas de avião até Santiago, mais uma hora de vôo, na conexão, até a cidade de Temuco, e outra hora de carro (US$ 656, www.lanchile.com; sem o traslado de carro).
A cidade pode estar, de fato, um pouco fora de mão, mas sua história é curiosa, a começar pelo vulcão Villarrica, inativo desde 1983. Para entender, alugue um carro (US$ 27 o dia nas locadoras do centro) e vá às Termas Huife -www.termashuife.cl, 30 km a nordeste de Pucón. Passe pela avenida principal, uma linha reta que chega a San Martin de Los Andes, na Argentina.
São duas piscinas aquecidas, uma a 37C e outra a 40C. Depois de entrar (6,50 pesos, ou R$ 27), vá à primeira piscina e observe a vista, um riachinho pedregoso, com corredeiras e, adiante, uma ponte pênsil. Os mais corajosos podem descer uma escadinha e entrar na água fria do riacho que passa ao lado.
Viajando acompanhado, não deixe de ficar, por uma noite ao menos, num chalé das termas. A diária do melhor apartamento é 82.000 pesos, aproximadamente R$ 330. É preciso fazer reservas com 15 dias de antecedência.
Não querendo sair da cidade, fique no hotel del Lago. Uma diária no hotel, que tem entretenimento noturno, custa US$ 80 -por uma suíte com vista para o vulcão Villarrica.


Bruno Garattoni viajou a convite da LanChile e dos hotéis Villarrica Park Lake, hotel del Lago Resort & Casino, Gran Hotel Pucon Resort & Club


Próximo Texto: Vulcão é cenário para esportes
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.