Traje típico de folião da festa do boi-bumbá da capital maranhense Boi de Maioba, típico da ilha de São Luís, que está celebrando cem anos
da enviada especial a São Luís

O centro histórico da ilha de São Luís pode ser o próximo patrimônio histórico tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no Brasil.
Numa votação realizada pelo Comitê de Patrimônio Histórico do órgão, na semana passada, foi aceita a inscrição de São Luís como concorrente. As vencedoras serão divulgadas em dezembro.
A ilha de São Luís, que é abraçada em forma de coração pelos rios Anil e Bacanga, tem no centro o melhor para o turista conhecer.
Com 3.600 prédios históricos, o conjunto dá exemplos de toda a riqueza dos azulejos portugueses, as sacadas trabalhadas em metal e as escadarias em ruas estreitas típicas dos séculos 18 e 19.
Entre as construções mais antigas, está o teatro Arthur Azevedo, que completou 180 anos.
Reinaugurado em dezembro de 93, após ter passado dois anos fechado, o teatro, único na cidade, recebeu uma reforma -para colocá-lo nos moldes originais- de cerca de US$ 15 milhões.
Outra construção fundamental no centro de São Luís é o prédio da Caixa Econômica Federal, na praça João Lisboa, que possui o maior número de azulejos portugueses do Maranhão.
Festas populares
Para quem deseja conhecer as festas populares, o melhor mês para ir ao Maranhão é junho.
As festas juninas são o grande atrativo do Estado, quando se comemora o auto do boi-bumbá.
A lenda de origem africana é representada, num misto de encenação, dança e canto, por cerca de 225 grupos maranhenses, segundo a diretora do Centro de Cultura Popular do Maranhão, Maria Michol Pinho de Carvalho.
O melhor local para ver o boi passar é no bairro Madre Deus, no dia de São Pedro, ou nos arraiais espalhados pela ilha.
O Centro de Cultura Popular, na rua do Giz, contém diversas informações sobre os festejos.
No ritmo do reggae
Além do boi, o grande fenômeno do Maranhão é o reggae. São cerca de 50 casas para o turista escolher entre dançar o reggae coladinho (em par) ou o sacudido.
As radiolas, sistemas de som com pelo menos 6.000 watts de potência, dão o gabarito aos animados bailes de reggae. Os mais famosos são os do Itamarati, Estrela do Som e Diamante Negro.
As comidas e bebidas típicas podem ser degustadas e compradas no mercado do centro da cidade.
Além de diversos tipos de farinhas, catuaba (pinga maranhense) e peixes (de água doce e salgada), o local serve de ponto de encontro de intelectuais na cidade. (ALA)



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