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História e cultura se encontram entre fiordes de Bergen
Bryggen, com casario que foi declarado patrimônio da humanidade pela Unesco, atrai os olhares do visitante
Antigo molhe tem uma sucessão de 11 casas geminadas de madeira colorida reconstruídas após incêndio de 1702
ENVIADO ESPECIAL À NORUEGA
Bergen, a segunda cidade
da Noruega, fica num emaranhado de fiordes 478 km a
noroeste de Oslo, a capital.
Dominada durante séculos pela Liga Hanseática, rede que controlava o comércio
de bacalhau e grãos, tem clara semelhança com cidades
portuárias alemãs como
Hamburgo e Lübeck.
Seu centro de gravidade é
Vagen, abrigo do porto mais
histórico. Dali partem muitos
barcos de passeio. No local fica também o mercado de peixes e flores, oportunidade
para travar contato direto
com elementos decisivos da
cultura norueguesa.
É Bryggen, porém, que
atrai os olhares do visitante.
O antigo molhe oferece a
quintessência do cartão postal, uma sucessão de 11 casas
geminadas de madeira colorida e telhados pontudos reconstruídas após o grande
incêndio de 1702.
Ligeiramente fora de esquadro, o casario foi declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. Vale a pena
embrenhar-se no labirinto de
pátios e corredores com assoalho de madeira por trás
das fachadas.
Atente para as projeções
do telhado que abrigam vigas e roldanas antes usadas
para içar cargas recém-chegadas de barco.
VISTA PANORÂMICA
A cinco minutos de caminhada está a segunda atração mais visitada de Bergen,
o funicular para Floyen.
Do morro de 320 metros
obtém-se uma visão panorâmica da cidade recortada pelos fiordes. Como no Rio de
Janeiro e em Sydney, a combinação de mar e cidade se
prova infalível.
O terceiro ponto de passagem obrigatória em Bergen é
Troldhaugen, o "morro dos
trolls" (seres fantásticos das
matas escandinavas).
Na bela construção de madeira à beira do lago Nordasvannet morou nos verões de
1885 a 1907 o grande compositor norueguês Edvard Grieg
(1843-1907).
Seu Steinway de cauda
ainda está no canto da sala
maior. É a peça central da
profusão de memorabilia.
Janelas altas desenhadas
pelo próprio compositor garantem luz abundante e um
vislumbre da atmosfera escolhida para criar suas peças
inspiradas em canções folclóricas de uma nação ainda
por separar-se da Suécia.
Além da casa propriamente dita, os jardins abrigam
um museu com restaurante,
a cabana onde se refugiava o
artista e Troldsalen, a sala de
concertos. Há apresentações
de segunda a sexta, das 13h
às 13h30, de junho a agosto,
assim como nas tardes de
quarta, sábado e domingo.
O visitante entusiasta de
frutos do mar, se estiver com
o estômago vazio e os bolsos
recheados, deve tomar um
barco até a ilhota Holmen,
onde fica o restaurante Cornelius. Lagostas, ostras, vieiras, mariscos e ouriços ficam
em tanques à vista do freguês, mas o chef Odd Einar
Tufteland também pesca
pessoalmente seus ingredientes no mar ao redor.
(MARCELO LEITE)
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