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RN, "COM EMOÇÃO"
Além de paisagens e passeios, até bebidas podem ficar emocionantes na região se os visitantes quiserem
Natal produz adrenalina além do buggy
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
ENVIADO ESPECIAL A NATAL
Tudo no litoral do Rio Grande
do Norte, desde um passeio de
buggy até uma bebida à beira da
praia, pode se resumir à escolha:
"com ou sem emoção".
Ao perfazer o percurso da praia
de Redinha, no litoral norte do Estado, até Muriú, a 44 km de Natal,
a pergunta surge a cada passagem, e pode-se viver a emoção em
diversos ambientes.
No caminho entre as duas localidades, passa-se pelas praias de
Santa Rita, Genipabu, Barra do
Rio, Graçandu, Pitangui, Jacumã
e Porto Mirim. O passeio de
buggy de dia todo -o veículo leva até quatro pessoas- custa R$
200, com início às 8h30.
Jegue ou dromedário
Em Redinha, a emoção começa
no encontro das águas do oceano
com o rio Potengi e segue até o
Mercado, onde se encontra à venda todo tipo de peixe e de crustáceo pego pelos pescadores e onde
se degusta a ginga (peixe pequeno, como a sardinha) com tapioca, prato típico da região.
A Redinha está passando por
um processo de reurbanização. O
Aquário Natal (av. Litorânea,
1.091, tel. 0/xx/84/224-2177), na
praia, tem cerca de 60 espécies
marinhas, funciona das 8h às
17h30 e cobra R$ 6 pelo ingresso.
Na seqüência do tour, está a
praia de Santa Rita, onde a emoção se concentra na vista, do alto
das dunas, das praias de Redinha
e de Genipabu, esta a 25 km de
Natal, no município de Extremoz.
Ali os turistas podem encarar de
buggy os paredões de mais de 50
m do parque das Dunas -área de
proteção ambiental onde sobram
areia e adrenalina-, deslizar pelas montanhas de areia sobre uma
prancha até o mar, equilibrar-se
em cima de um jegue ou de um
dromedário por 20 minutos e
mergulhar na lagoa local, de água
mineral, no meio de cajueiros.
Genipabu, ícone do turismo potiguar, ainda é cenário de passeios
de jangada -com parada para
mergulhar a três quilômetros da
costa-, uma dezena de barzinhos à beira-mar, luau nas dunas
e um amplo comércio de roupas e
lenços artesanais.
"Genipabu é o lugar dos sonhos", afirma Iara Gomes Miranda de Oliveira, 20, que vende tecidos artesanais nas dunas locais.
Travessia de balsa
Pela orla da praia, segue-se até a
barra do Rio, na foz do rio Ceará-Mirim. Nesse ponto, é preciso
atravessar o rio numa balsa rudimentar, num local em que os siris
se espalham por toda a areia e o
mangue dita parte da paisagem.
Na praia de Graçandu, com suas
piscinas naturais cercadas por arrecifes, as maiores emoções ficam
por conta da barraca de Adevandir Fraga do Nascimento, o Irmão, e do passeio de jet-ski, realizado sempre com um instrutor.
Na tenda do Irmão, montada
com mesas e cadeiras e com capacidade para receber até 300 pessoas, pode-se saciar a fome com
deliciosos espetinhos de lagosta e
camarão, além de bolinhos de
macaxeira recheados com queijo
e carne-de-sol.
Tudo acompanhado do ula-ula,
bebida preparada dentro de um
abacaxi com suco, gelo, leite condensado e morango -na versão
com emoção, o ula-ula vem com
vodca e custa R$ 6.
Infra-estrutura
"Não temos como competir
com o litoral sul e sua infra-estrutura, mas tentamos receber as
pessoas da melhor forma possível", explica Irmão, 40, que trabalha com a mulher e os dois filhos e
hoje batalha pela implantação de
um banheiro químico na praia.
De Graçandu chega-se à praia
do Pitangui, onde dunas e coqueiros formam uma bela paisagem.
Águas bicolores
É possível banhar-se tanto nas
águas claras do mar como nas escuras da lagoa, onde o turista pode fazer um passeio de caiaque, se
aventurar no "aerobunda" (cabo
por onde o visitante se desliza até
tocar a água, leia mais na pág. F12)
ou realizar um vôo panorâmico
de ultraleve.
Outro destaque de Pitangui é a
travessia do rio Pratagi e o banho
nas águas da cachoeirinha.
Em Jacumã, os restaurantes Naf
Naf e Jacumã, à beira da praia,
dispõem de um bufê self-service
com boa variedade de peixes, frutos do mar e crustáceos.
A emoção do local fica por conta da lagoa, boa para banho e perto de outro "aerobunda".
Já a praia de veraneio de Porto
Mirim é o lugar ideal para relaxar
nas suas águas mansas, localizadas sob os coqueiros.
A primeira parte da aventura
acaba em Muriú, cujo verde do
mar impressiona. Em alto-mar,
há um sítio pesqueiro de lagostas
e, quando a maré está baixa, é
possível ver as piscinas naturais
que se formam nos arrecifes, a um
quilômetro da costa.
O caminho de volta é feito à beira-mar até a Barra do Rio. Para fechar o passeio, em Genipabu, o
turista vive, nas dunas móveis do
parque das Dunas, 40 minutos de
aventura antes de voltar ao hotel
com o vento batendo no rosto e
na mente, que tenta reorganizar
as emoções do dia.
Cristiano Cipriano Pombo viajou a
convite da operadora CVC.
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