JULIO ABRAMCZYK
enviado especial a Paris

Na semana passada, um francês idoso discutia com o porteiro na entrada principal do Estádio da França, em Saint-Denis, a 4 km de Paris. Ele queria um mapa para localizar seu assento no estádio.
Não havia. Então exigiu ver pessoalmente a localização de seu lugar. Não podia, por medida de segurança. Arrumaram o mapa com a localização exata da entrada para o local que ele havia adquirido para assistir, com mais 80 mil pessoas, dia 10, à inauguração do 16º Campeonato Mundial de Futebol, o jogo do Brasil contra a Escócia.
O Saint-Denis é um estádio sofisticado. O teto é sustentado por cabos de aço, como as de pontes suspensas, e um sofisticado sistema de microcâmeras de alta resolução focalizam em circuito fechado todos os torcedores.
Esse sistema permite identificar os torcedores de mau comportamento. Os organizadores dizem que poderão identificar os "hooligans" e localizá-los em poucos minutos. Também já dispõem de um local especial para colocá-los: um cercado de arame, tipo galinheiro, onde ficarão presos, de costas para o campo.
A construção do estádio, inaugurado em janeiro deste ano, custou cerca de R$ 440 milhões; o campo de futebol, com seu gramado bem cuidado e proibido de ser pisado até o dia do jogo, custou cerca de R$ 2 milhões.
O estádio tem capacidade para 80 mil espectadores e dispõe de 148 camarotes, 18 elevadores para deficientes físicos, 350 lanchonetes e ainda uma enfermaria em cada um de seus quatro setores.
No dia 12 de julho o estádio acolherá o jogo final do Mundial.