São Paulo, segunda, 8 de junho de 1998

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DRIBLE A COPA
O Boeing-777/200 voará também ao Brasil
Aos 65, a Air France tem boa e má nova

enviado especial a Paris

Ao completar 65 anos de atividades -e enfrentar uma greve às vésperas da Copa-, a Air France comemora a introdução, em sua frota aérea, do novo Boeing-777/200.
A partir do próximo dia 17, o novo Boeing será utilizado nos vôos diários da rota Brasil-França-Brasil em substituição ao Airbus A-340.
Para o presidente da companhia, Jean-Cyril Spinetta, "a opção pelo 777 atende a necessidade dos passageiros que precisam percorrer, com conforto e segurança, grandes distâncias".
O novo Boeing, em relação ao Airbus usado nas linhas internacionais de longa distância, permite aumentar para 270 o número de passageiros em cada vôo.

Potência máxima
As poltronas da primeira classe e da classe executiva passaram respectivamente para 12 e 56 passageiros, ficando para a classe turística 202 assentos.
Em relação ao 777 original, o 777/200 dispõe de um tanque extra de combustível com capacidade para mais de 50 mil litros de querosene, o que aumentou sua autonomia de vôo em cerca de 3.000 quilômetros.
Seus dois motores são os maiores e mais potentes jamais usados em jatos comerciais. O diâmetro exterior de cada motor tem 3,96 metros, correspondendo à fuselagem de um Boeing-737.
Com apenas um motor, a aeronave pode voar por mais 120 minutos, com tempo suficiente para escolha de local para pouso de emergência.
O trem de aterrissagem também é o maior de todos os jatos comerciais. Cada uma das duas principais pernas possui três eixos para as suas seis rodas. Um sistema especial permite fácil maneabilidade da aeronave em terra.
A cabine do piloto aparentemente é semelhante à de um Boeing-747/400, mas as inovações estão na aparelhagem eletrônica.
Os vídeos são de cristal líquido e a lista de checagem eletrônica está interligada a um sistema com mais de 100 mil informações relacionadas às principais funções da aeronave em vôo.

Econômica
O 777 traz duas novidades para a classe turística. A primeira é a possibilidade de usar um telefone nas alturas, a um preço idem (cerca de US$ 17 o minuto, um pouco mais de R$ 20).
A outra são as telas de vídeo individuais. Instalada na parte posterior da poltrona da frente, em cada tela pode-se assistir a filmes em um dos 12 canais.
Em outro canal é possível saber desde a posição do avião, o tempo de vôo, a quilometragem percorrida até a altura e a temperatura externa.
O dispositivo conta também com programas de jogos para ajudar a passar o tempo.
Finalmente, no vôo para Paris existem fumódromos, discretas áreas perto das cozinhas com um sistema de exaustão que elimina a fumaça da cabine -e ali é possível fumar à vontade. ( JULIO ABRAMCZYK)




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