São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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Praia de Makaja é reduto dos surfistas

Distrito de Barranco, de artistas e intelectuais, lembra Vila Madalena à noite e praça Benedito Calixto de dia

Namorados marcam seus encontros na ponte dos Suspiros, que passa sobre a ladeira dos Banhos, em Barranco

DO ENVIADO A LIMA

"É verdade que em Lima nunca chove?", perguntava o repórter da Folha a quem quer que puxasse conversa na capital peruana, onde parte das casas não têm telhados, apenas finas lajes ou telhas de amianto sem forro.
A resposta tinha duas variáveis: "Sim, é verdade" ou "Não, só garoa..."
Lima, que compreende uma região metropolitana de uns 9 milhões de habitantes, está envolta em uma nuvem de umidade e de poeira na maior parte do tempo.
Mas, quando as nuvens se dissipam, surgem o céu azul e o verde do oceano Pacífico.
Embora costeira, a capital peruana está sobre uma falésia de 154 metros de altura. Graças a isso, as praias da chamada costa verde, que lambe os ricos distritos de Miraflores, Surco e Barranco, são fruto de um aterro pedregoso que também pavimenta a via Costanera.
Isso, no entanto, não impede que os surfistas se emborrachem dos pés à cabeça para pegar ondas nas frias águas da praia Makaja, de onde podem ser vistos os luxuosos edifícios de Miraflores e os parapentes no céu.
Lá de cima, namorados observam o quebrar das ondas abaixo do parque do Amor, que tem esse nome por causa de uma estátua de um casal deitado, aos beijos.
À sua direita, há o farol da Marinha, cuja área abriga playgrounds e "cachorródromos". À esquerda, o shopping Larcomar, ao ar livre.

BARRANCO
Ao sul da costa verde está o distrito de Barranco, um reduto de artistas e intelectuais que lembra muito a Vila Madalena à noite (pela alta concentração de bares e baladas) e a praça Benedito Calixto durante o dia (pela presença de feirinhas e artistas de rua).
A noite, porém, termina cedo para os padrões paulistanos. Devido à lei do silêncio, as casas não recebem mais clientes após as 3 h.
Mas a principal "locação" de Barranco é a ponte dos Suspiros, que passa sobre a Ladeira dos Banhos que se estende até a praia.
Em seus arredores, a Ermita, igreja incendiada em 1881 após invasão chilena - com interior em ruínas, mas de fachada preservada, cuja lateral leva a um belo mirante- é ideal para ver o pôr do sol no mar do Pacífico.
(JAMES CIMINO)


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