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Praia de Makaja é reduto dos surfistas
Distrito de Barranco, de artistas e intelectuais, lembra Vila Madalena à noite e praça Benedito Calixto de dia
Namorados marcam seus encontros na ponte dos Suspiros, que passa sobre a ladeira dos Banhos, em Barranco
DO ENVIADO A LIMA
"É verdade que em Lima
nunca chove?", perguntava
o repórter da Folha a quem
quer que puxasse conversa
na capital peruana, onde
parte das casas não têm telhados, apenas finas lajes ou
telhas de amianto sem forro.
A resposta tinha duas variáveis: "Sim, é verdade" ou
"Não, só garoa..."
Lima, que compreende
uma região metropolitana de
uns 9 milhões de habitantes,
está envolta em uma nuvem
de umidade e de poeira na
maior parte do tempo.
Mas, quando as nuvens se
dissipam, surgem o céu azul
e o verde do oceano Pacífico.
Embora costeira, a capital
peruana está sobre uma falésia de 154 metros de altura.
Graças a isso, as praias da
chamada costa verde, que
lambe os ricos distritos de Miraflores, Surco e Barranco,
são fruto de um aterro pedregoso que também pavimenta
a via Costanera.
Isso, no entanto, não impede que os surfistas se emborrachem dos pés à cabeça
para pegar ondas nas frias
águas da praia Makaja, de
onde podem ser vistos os luxuosos edifícios de Miraflores e os parapentes no céu.
Lá de cima, namorados
observam o quebrar das ondas abaixo do parque do
Amor, que tem esse nome
por causa de uma estátua de
um casal deitado, aos beijos.
À sua direita, há o farol da
Marinha, cuja área abriga
playgrounds e "cachorródromos". À esquerda, o shopping Larcomar, ao ar livre.
BARRANCO
Ao sul da costa verde está
o distrito de Barranco, um reduto de artistas e intelectuais
que lembra muito a Vila Madalena à noite (pela alta concentração de bares e baladas)
e a praça Benedito Calixto
durante o dia (pela presença
de feirinhas e artistas de rua).
A noite, porém, termina
cedo para os padrões paulistanos. Devido à lei do silêncio, as casas não recebem
mais clientes após as 3 h.
Mas a principal "locação"
de Barranco é a ponte dos
Suspiros, que passa sobre a
Ladeira dos Banhos que se
estende até a praia.
Em seus arredores, a Ermita, igreja incendiada em 1881
após invasão chilena - com
interior em ruínas, mas de fachada preservada, cuja lateral leva a um belo mirante- é
ideal para ver o pôr do sol no
mar do Pacífico.
(JAMES CIMINO)
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