São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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PORTOS BRASILEIROS

Pacific é único navio a aportar no arquipélago; mergulho é passeio primordial a quem o visita

Fernando de Noronha inebria passageiros

DO ENVIADO ESPECIAL À COSTA BRASILEIRA

Despontando em meio ao Atlântico, a 561 km de Recife e a 345 km de Natal, o arquipélago de Fernando de Noronha (www.fernandodenoronha.pe.gov.br), com seus 26 km2, é em geral alcançado de avião.
Entre os nove transatlânticos que exploram a costa brasileira, apenas o Pacific vai ao arquipélago, dando ao viajante a oportunidade de ver de camarote a chegada às 21 ilhas e ilhotas. Mas o melhor é correr para a proa do navio umas duas horas antes da chegada para ver, desde logo, o morro do Pico, que desponta no horizonte, a 321 m de altura.
Quando o navio passa ao largo do mar de Dentro, na altura da ponta da Sapata, com sorte, dá para ver golfinhos-rotadores. A profundidade no local é 4,2 km e, adiante, fica o Parque Nacional Marinho (Parnamar), cuja área soma 112,7 km2.
Quando o navio finalmente aporta nas ilhas Secundárias, os passageiros estão inebriados.
O desembarque é moroso, feito em pequenos barcos. Mal se chega à terra firme, e os guias de turismo locais caem sobre os passageiros como formigas.
O calor é intenso, a temperatura média anual é de 27C: roupas leves, água mineral, filtro solar e boné são artigos de primeira necessidade. Uma pequena mochila com máscara de mergulho e snorkel também são úteis.
As duas hipóteses alternativas aos passeios freneticamente oferecidos pelos guias são: empreitar um dos tours oferecidos a bordo ou aventurar-se aboletando-se num dos pequenos ônibus que percorrem a BR-363, de 7,2 km, que corta a ilha principal, que dá nome ao arquipélago.
Entre as operadoras de turismo que atuam em Fernando de Noronha, oferecendo passeios diversos, estão a Luck (tel. 0/xx/81/3619-1371) e a Atalaia (tel. 0/xx/ 81/3619-1328).

Explorando a ilha
O arquipélago de Fernando de Noronha tem praias voltadas para o Brasil, no mar de Dentro, e outras que miram o oceano, as praias do mar de Fora.
O principal aglomerado urbano é a Vila dos Remédios, com sua igrejinha de 1722, o palácio de São Miguel e o forte.
Desse forte, avista-se a praia da Biboca, com seu cenário vulcânico. Na praia do Cachorro, de noite, há um animado forró.
Para passeios pela praia, a baía dos Porcos e a praia do Leão são recomendadas. Já para ir até a praia do Sancho, é preciso preparo físico. Depois de uma caminhada, é preciso descer três lances de escada por entre uma fenda de pedras. Dali, chega-se à praia da Cacimba do Padre, à esquerda, e avistam-se as ilhas Dois Irmãos.
Cumes de uma cordilheira submarina cuja base está a 1,2 km de profundidade, as ilhas que compõem o arquipélago são ideais para a prática do mergulho -a visibilidade é notável, há tartarugas enormes e até tubarões.
Mergulhadores experientes, como o francês Patrick Müller, da Atlantis Divers, escolheram o local para viver. Quem se dispuser a se aventurar e a submergir usando cilindros de ar comprimido deve procurar as operadoras de mergulho: Atlantis Divers (0/xx/84/3206-8841; www.atlantisnoronha.com.br), Águas Claras (0/xx/81/3619-1225; www.aguasclaras-fn.com.br) e Noronha Divers (0/xx/81/3619-1112; www.noronhadivers.com.br). (SC)


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