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Excursão para a Acrópole dribla trânsito caótico na capital grega
DO ENVIADO ESPECIAL
Até a chegada a Atenas, é grande a expectativa do passageiro: os
transatlânticos costumam chegar
ao golfo de Saronikos bem cedo,
por volta das 6h da manhã e, uma
hora depois, aportam no velho
porto de Pireus, o terceiro maior
do Mediterrâneo e um dos mais
antigos de todo o mundo, atracando junto ao cais.
Aí cabe ao viajante optar por pegar um táxi ou fazer uma das excursões oferecidas a bordo, o que
parece sensato, pois o tráfego até
Atenas, capital onde vivem 4 milhões de pessoas, é imprevisível.
Embora a Olimpíada de 2004 tenha dotado a cidade de novas avenidas e viadutos, o trânsito continua caótico.
Entre os locais que a visita de
um dia precisa contemplar estão a
Acrópole, encimada pelo Partenon; o bairro de Pláka, no pé da
montanha; e, se for possível, em
função do tempo, visitar o Museu
Arqueológico Nacional.
No caminho, para não perder a
viagem, convém parar rapidamente diante do estádio construído para a Olimpíada de 1896, os
primeiros jogos da era moderna,
capaz de acomodar 69 mil pessoas e construído com o mármore
do monte Pendelli, o mesmo que
erigiu o Partenon.
História
Metrópole de 5.000 anos, Atenas é berço da democracia, das artes e da cultura desde o século 5º,
quando Péricles fez da cidade o
epicentro de uma verdadeira superpotência.
Assim, munido de paciência e
gastando 12, chega-se ao Partenon, sempre rodeado de uma ruidosa horda de turistas, atualmente em obras feéricas que acabam
por lhe dar um aspecto muito novo, quase artificial, com seu mármore polido e cortado a máquina.
Ainda assim, esse imenso templo marmóreo refeito por Péricles
é de uma monumentalidade incrível, com seus 31 m de frente e
69 m de lado.
Mesmo sem os frisos do frontão, levados para a Inglaterra pelo
lorde Elgin entre 1801 e 1803,
quando Atenas era cidade ocupada pelos turcos, o Partenon segue
sendo o símbolo maior da riqueza
cultural da Grécia Antiga.
Incrível constatar como esse
mítico templo dórico resistiu a tudo: foi transformado em mesquita, em igreja e até num paiol de
pólvora que os venezianos acabaram por quase mandar pelos ares,
em 1687.
Quem olha o Partenon de frente, rodeado por guindastes modernos, vê à esquerda o de Eréction, chamado de Pórtico das Cariátides, que são colunas em formas de figuras femininas -se
bem que as originais estejam
guardadas num pequeno museu,
atrás da Acrópole.
Uma visita criteriosa ao Museu
Arqueológico Nacional, na rua
Patission, 44, demanda horas,
pois a instituição, fundada em
1891 e ampliada em 1939, reúne de
objetos pré-históricos a bronzes e
estátuas de mármore esculpidas
entre os séculos 8º e 4º a.C.
Finalmente, se der tempo, vale
escolher a esmo um dos bares e
restaurantes anônimos do bairro
de Pláka, no centro histórico de
Atenas, para ver a vida passar.
Entre o residencial e o turístico,
Pláka também tem lojas de suvenires e ateliês de artistas. Existem
ainda ali inúmeras igrejas e a
Ágios Nikoláos Ragavás se destaca por ter sido edificada no século
11.
(SC)
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