São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Excursão para a Acrópole dribla trânsito caótico na capital grega

DO ENVIADO ESPECIAL

Até a chegada a Atenas, é grande a expectativa do passageiro: os transatlânticos costumam chegar ao golfo de Saronikos bem cedo, por volta das 6h da manhã e, uma hora depois, aportam no velho porto de Pireus, o terceiro maior do Mediterrâneo e um dos mais antigos de todo o mundo, atracando junto ao cais.
Aí cabe ao viajante optar por pegar um táxi ou fazer uma das excursões oferecidas a bordo, o que parece sensato, pois o tráfego até Atenas, capital onde vivem 4 milhões de pessoas, é imprevisível. Embora a Olimpíada de 2004 tenha dotado a cidade de novas avenidas e viadutos, o trânsito continua caótico.
Entre os locais que a visita de um dia precisa contemplar estão a Acrópole, encimada pelo Partenon; o bairro de Pláka, no pé da montanha; e, se for possível, em função do tempo, visitar o Museu Arqueológico Nacional.
No caminho, para não perder a viagem, convém parar rapidamente diante do estádio construído para a Olimpíada de 1896, os primeiros jogos da era moderna, capaz de acomodar 69 mil pessoas e construído com o mármore do monte Pendelli, o mesmo que erigiu o Partenon.

História
Metrópole de 5.000 anos, Atenas é berço da democracia, das artes e da cultura desde o século 5º, quando Péricles fez da cidade o epicentro de uma verdadeira superpotência.
Assim, munido de paciência e gastando 12, chega-se ao Partenon, sempre rodeado de uma ruidosa horda de turistas, atualmente em obras feéricas que acabam por lhe dar um aspecto muito novo, quase artificial, com seu mármore polido e cortado a máquina.
Ainda assim, esse imenso templo marmóreo refeito por Péricles é de uma monumentalidade incrível, com seus 31 m de frente e 69 m de lado.
Mesmo sem os frisos do frontão, levados para a Inglaterra pelo lorde Elgin entre 1801 e 1803, quando Atenas era cidade ocupada pelos turcos, o Partenon segue sendo o símbolo maior da riqueza cultural da Grécia Antiga.
Incrível constatar como esse mítico templo dórico resistiu a tudo: foi transformado em mesquita, em igreja e até num paiol de pólvora que os venezianos acabaram por quase mandar pelos ares, em 1687.
Quem olha o Partenon de frente, rodeado por guindastes modernos, vê à esquerda o de Eréction, chamado de Pórtico das Cariátides, que são colunas em formas de figuras femininas -se bem que as originais estejam guardadas num pequeno museu, atrás da Acrópole.
Uma visita criteriosa ao Museu Arqueológico Nacional, na rua Patission, 44, demanda horas, pois a instituição, fundada em 1891 e ampliada em 1939, reúne de objetos pré-históricos a bronzes e estátuas de mármore esculpidas entre os séculos 8º e 4º a.C.
Finalmente, se der tempo, vale escolher a esmo um dos bares e restaurantes anônimos do bairro de Pláka, no centro histórico de Atenas, para ver a vida passar.
Entre o residencial e o turístico, Pláka também tem lojas de suvenires e ateliês de artistas. Existem ainda ali inúmeras igrejas e a Ágios Nikoláos Ragavás se destaca por ter sido edificada no século 11. (SC)


Texto Anterior: Portos mediterrâneos: Santorini se debruça sobre cratera vulcânica
Próximo Texto: Mediterrâneo: Corfu guarda marcas turca, francesa e italiana
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.