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ECOLOGIA
Evento pode prejudicar reprodução dos cetáceos
Festival de observação de baleias no Equador tem controle do governo
DA REDAÇÃO
Começou na semana passada o
3º Festival de Observação de Baleias Jubartes na cidade de Puerto
López, no oceano Pacífico, no sudoeste do Equador. Mas este ano
o governo deverá fazer um controle sobre a atividade com o objetivo de não perturbar a reprodução dos animais. Calcula-se
que a cada ano cheguem cerca de
300 baleias vindas da Antártida.
A presença das baleias jubartes
tem proporcionado uma série de
atividades turísticas no país, que
tem reativado a economia de várias Províncias costeiras, como
Manabí (onde está localizada
Puerto López) e Esmeraldas.
Ecologistas e cientistas sustentam que as jubartes poderiam se
prejudicar com um turismo indiscriminado e explicam que molestá-las em seu habitat pode
ameaçar sua espécie, pois seu
comportamento no litoral do país
está relacionado à reprodução.
Os cetáceos já mudam seu comportamento quando estão na
frente de lanchas, principalmente
nos saltos e na forma como respiram fora d'água.
As alterações ocorrem por operações turísticas mal realizadas,
como perseguição de barcos às
baleias, que muitas vezes separam
mães e filhotes. O barulho dos
motores dos barcos atrapalha a
comunicação dos animais, realizada por meio de cantos, segundo
Andris Baquero, coordenador do
projeto de Parques em Perigo da
ONG Fundação Natura. As baleias dependem da comunicação
para procurar alimentos e chamar umas às outras.
Todos esses problemas poderiam causar a fuga das jubartes
para águas mais calmas, como
aconteceu com o Havaí, que passou a ser evitado pelos cetáceos
devido ao turismo de massa. E a
ausência de baleias na região prejudicaria bastante sua economia.
O Festival de Observação de Baleias, celebrado desde 1999, foi
aberto oficialmente com um desfile pelas ruas de Puerto López, de
onde saem barcos e lanchas rumo
à ilha equatoriana de La Prata, refúgio das baleias.
Ano passado, cerca de 17 mil turistas estrangeiros e nacionais visitaram a região para avistar os
cetáceos. Para 2001, estão sendo
esperados 25 mil visitantes. O número de embarcações usadas para observação dos animais subiu
de 13, em 2000, para 36, este ano.
Os mamíferos permanecerão
nas águas do Pacífico equatoriano
até o início de setembro.
Com agências internacionais
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