São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

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Botos dão mais cor a passeio

DO ENVIADO ESPECIAL

Um dos melhores passeios em Alter do Chão é pegar o barco no final da tarde e ir até a ponta do Cururu para ver os botos. O sol, que começa a se pôr, pinta o céu de laranja, amarelo e lilás. O silêncio é amazônico.
O barco pára a uma certa distância da margem, o motor é desligado e fica-se à espera. No passeio feito pela reportagem, a recepcionista Giane Glória Branco, 23, do hotel Beloalter, lembrou como os pescadores atraíam os peixes e soltou alguns assobios. Logo os botos apareceram.
Giane ficava de olho no "rebujo" -movimento da água que mostra que os botos estão por perto- para indicar de que lado eles iam aparecer.
Eram muitos. Eles pulavam e respiravam. Aliás, o barulho da respiração desses mamíferos era o único ouvido no local.
Havia botos cor-de-rosa e tucuxi (cinza). "O tucuxi é mais parecido com o golfinho", explica o barqueiro Waltenis Torres Gomes, 27, um "especialista" em assuntos amazônicos.
Segundo Giane, as pessoas contam que os botos tucuxi são "bonzinhos", e os cor-de-rosa, "malvados". "Em um naufrágio, o tucuxi leva a pessoa até a margem, mas o cor-de-rosa ataca."
Em meio à profusão de botos, escurece. Dá para avistar as luzes da vila. É hora de voltar para o hotel, com a certeza de ter visto uma das cenas mais bonitas da exuberante natureza da Amazônia. (AUGUSTO PINHEIRO)


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