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Tabaco já obteve fama de erva medicinal
DA REDAÇÃO
O tabaco, planta que sustenta a economia de Santa
Cruz do Sul, tornou-se vedete do local desde sua fundação, no século 19. O povoado
que deu origem à cidade se
estabeleceu em 1849, com 12
imigrantes alemães que cultivavam lotes de cerca de 70
hectares (700 mil m2 ou cem
campos de futebol).
Quatro anos depois, já viviam no local 692 habitantes
em 196 lotes que produziam
principalmente fumo, segundo a prefeitura.
Como o tabaco era o produto agrícola de maior produtividade, o governo da
Província importava sementes para que os colonos, com
o lucro, pagassem pelas terras que receberam.
Com o tempo, as áreas se
dividiram entre os filhos
-hoje, o tamanho médio dos
sítios é de 17 hectares.
O fumo já era consumido
na Europa desde o século 16,
provavelmente levado das
colônias inglesas nos EUA.
Usado em rituais indígenas na época em que Cristóvão Colombo aportou na
América, chegou a ser visto
como planta medicinal.
Relata-se que o embaixador da França em Portugal,
Jean Nicot, atribuiu à erva a
cura de uma úlcera na perna.
É de seu sobrenome que vem
a palavra nicotina.
O embaixador recomendou a planta à rainha Catarina de Médici (monarca francesa de origem italiana; 1519-1589), que passou a usá-la
contra enxaqueca.
Chamado na época de "petum", o tabaco se espalhou
pelo continente europeu rapidamente, consumido principalmente em cachimbos.
Os mais ricos se reuniam para fumar em longos pitos.
Alguns médicos defendiam que a erva controlava a
fome, era relaxante e analgésica e poderia até curar o
câncer. Mas já no começo do
século 17 havia opositores,
como o rei Jaime 1º da Inglaterra, que descrevia o fumo
como ofensivo para os olhos,
detestável para o nariz, danoso para o cérebro e perigoso para os pulmões.
Embora a maior parte dos
historiadores considere que
o tabaco tem origem nas
Américas -há registros de
seu consumo por volta de
6000 a.C. na região em que
hoje fica o Peru-, há versões
que defendem que o fumo
veio da Ásia.
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