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Para mitologia, Atenas deve sua unidade a Teseu
DO ENVIADO ESPECIAL
A mitologia grega tem uma explicação até para a unidade política e territorial da região de Atenas, na Ática. Teseu, filho de Egeu,
rei de Atenas, foi, segundo os mitos, o promotor da união.
Ao voltar de uma missão na ilha
de Creta, onde matou o Minotauro, Teseu esqueceu-se de, como
havia combinado com seu pai, erguer uma vela branca em seu barco para sinalizar que conseguira
abater o monstro. Ao ver a vela
negra no barco, Egeu achou que
seu filho estivesse morto e se jogou no mar -que, por isso, leva
seu nome. Morto Egeu, Teseu virou rei de Atenas e reuniu ali os
camponeses da região.
Atenas surgiu como uma comunidade aristocrática no século 7º
a.C. À aristocracia seguiu-se a tirania, consolidada por Pisístrato,
em 546 a.C. Ele ficou no poder até
morrer, em cerca de 528 a.C.
Em 507 a.C., Clístenes reformou
a Constituição ateniense, abrindo
o caminho para a democracia plena (plena, entenda-se bem, com a
exclusão das mulheres, dos escravos e dos metecos, os que não
eram cidadãos de Atenas), que se
consolidaria no século 5º a.C.,
com Péricles, um líder popular
com grande influência em Atenas
a partir de 443 a.C. Naquela época, os atenienses lideravam a Liga
de Delos, união de cidades gregas
com o objetivo de se reerguer depois do longo período de guerras
contra os persas.
Sob Péricles, a cidade viveu um
florescimento artístico e cultural,
com a vinda de poetas e filósofos,
além de econômico -em parte
porque o tesouro da liga havia sido transferido para lá.
Esse período áureo começa a
ruir com a Guerra do Peloponeso,
iniciada em 464 a.C., confronto
entre Atenas e Esparta. A guerra
acabou em 404 a.C., com a vitória
dos espartanos.
Como parte do trato pós-guerra, Atenas não foi destruída por
Esparta, mas teve de reduzir sua
frota a 12 navios e abrir mão de
parte do território que compunha
seu império. Péricles havia morrido em 429 a.C. A democracia em
Atenas foi revogada em 322 a.C.,
quando Antípatro, general macedônio, tomou a cidade, que, como
outras da Hélade, havia se sublevado após a morte de Alexandre,
o Grande.
(FC)
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