Tucano, ave que se alimenta de frutas e pilha ninhos de outros pássaros, em um jardim da ilha do Breu (RJ) free-lance para a Folha

A ilha do Breu conserva boas afinidades com a natureza e, além disso, a arquitetura e a decoração dos seus ambientes utilizados na hospedagem de tursitas se harmonizam com a paisagem.
E, por fortuna do destino, nessa ilha não se partilha nenhuma gota do próprio sangue com aqueles inconvenientes "vizinhos" da natureza. Não há mosquitos lá.
O máximo que a mão do homem fez foi retocar a jardinagem, agregar a beleza de algumas aves especiais e pôr um pouco de conforto, em nome do prazer do turista.
Vidro sob os pés
Um imponente deque de madeira e vidro (que permite a visão do mar sob os próprios pés) abrange toda a fachada da ilha, onde se estendem brancas espreguiçadeiras, tendas e guarda-sóis.
É por ali que se acomodam os visitantes dos veleiros e das lanchas que ancoram ao redor para uma esticada de pernas pela ilha (com direito a presenciar visitas de vizinhos ilustres, como o navegador Amir Klink).
O local é ideal para o banho-de-sol e os encontros sociais, amparados por um completo bar para petiscos e bebericação.
Escadas estratégicas e pequenos píeres garantem o acesso e mergulhos num mar transparente e muito limpo.
Quem estiver apenas flanando ou navegando por aquela costa pode também aproveitar para almoçar ou jantar no aconchegante restaurante da ilha.
As refeições estão incluídas na diária completa do hóspede (R$ 200 o casal; R$ 150 na baixa temporada), mas o visitante pode desfrutar de um variado e saboroso "self-service" de primeira linha, com direito à vista panorâmica para todo aquele mar, por R$ 20.
Lembrete para o turista de primeira viagem: luz elétrica é detalhe que não faz parte da vida na ilha -tampouco faz falta.
Lampiões a gás e candelabros cumprem perfeita e romanticamente a tarefa da iluminação. Geladeiras a gás garantem a cerveja e os drinques refrescantes. A água das duchas sai bem quentinha.
Só não é mesmo possível acionar o secador de cabelos, nem seguir novela ou telejornal -o que não é perda irreparável nesse panorama todo. (JEZEBEL SALEM)
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