São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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SECOS E MOLHADOS
Cavalgadas, focagem noturna e caminhadas são alguns dos passeios oferecidos; saiba como se dar bem
Viajante pode cair do cavalo no Pantanal

da enviada especial ao Pantanal

Que trimmmm de despertador que nada! No Pantanal, você é acordado com o som das aves quando o Sol dá os primeiros sinais de vida. Como já deu para perceber, você levanta cedo lá, por volta das 6h, como manda a vida na fazenda.
É importante estar pronto para o primeiro passeio do dia às 7h30, quando o calor ainda não está muito forte. Os hóspedes retornam ao hotel duas horas depois. Aí, descansam, almoçam e preparam-se para sair à tarde. Antes do jantar, às 20h, o programa é a focagem de animais, principalmente de jacarés, que ficam com os olhos vermelhos.
Saiba mais, a seguir, sobre os passeios promovidos no local.

SAFÁRI FOTOGRÁFICO - De manhã, é mais fácil ver pássaros, enquanto no final da tarde surgem bandos de capivara. Jacaré? Esse você vê o dia todo e à noite também, quando ele "pesca": o bicho fica de boca aberta esperando os peixes entrarem goela abaixo. O lobinho (cachorro-do-mato) aparece mais quando escurece.
No safári da noite, o grande segredo é iluminar bem a mata (o guia deixa os turistas segurarem uma lanterna e ele leva outra) para pegar os animais de surpresa, antes que eles fujam.

CAVALGADA - Esse passeio matinal leva mais ou menos duas horas; há itinerários diferentes, mas há enormes chances de você passar por áreas alagadas, como um bom pantaneiro. Se souber montar ou não tiver medo, é um prato cheio. Os cavalos são mansinhos e acostumados com gente da cidade. O que não elimina riscos, pois, como se sabe, esses animais podem dar coices e fazer outras estripulias.
E não caia na ilusão de escolher um baixinho. Nos locais onde a água está mais alta, você fica molhado até a canela se estiver montado em um nanico. Uma boa escolha é o Gemada, quase todo branco, tranquilo e do tamanho certo para evitar "banhos".

BARCO - Se o seu elemento é a água, você está no lugar certo e vai se esbaldar nos barquinhos a motor em passeios pelo rio Aquidauana, que corta a fazenda. Dá para ver muitas espécies de plantas e, com sorte, macacos e até animais maiores.
O pôr-do-sol é um espetáculo à parte. Nessa hora, o barqueiro desliga o motor da embarcação para que os turistas possam desfrutar mais o momento.

CAMINHADA -As reações variam, uns acham perda de tempo, outros adoram. De qualquer forma, caminhar pelas trilhas da fazenda, em mata fechada, é a melhor maneira de ficar mais próximo dos animais e, claro, da vegetação nativa. O guia vai mostrando as principais árvores e explicando sua importância.
E é possível chegar bem pertinho dos jacarés, que nem sequer se mexem. Você também pode ver, com alguma sorte, macacos e quatis.
(CARLA ARANHA)




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