Há planos de erguer prédio ao lado do imóvel para abrigar cinema e biblioteca

DA REUTERS

Depois de manifestações populares e de uma quase venda, a última casa em que Bruce Lee (1940-1973) morou antes de morrer, em Hong Kong, deve ser transformada em um museu dedicado à vida e ao legado da lenda das artes marciais.
O magnata dos ramos hoteleiro e imobiliário Yu Pangli, 86, dono do imóvel, chegou a colocar a casa à venda e a receber ofertas. Com dois andares e 343 m2, o prédio abrigou um hotel nos últimos anos.
Mas, cedendo aos apelos dos fãs, Yu anunciou que pretende doar a propriedade ao governo de Hong Kong para que ela seja transformada em museu.
De acordo com os planos divulgados por um consultor do projeto, a casa será mantida como está e, ao lado dela, deve ser erguido um prédio para abrigar biblioteca, centro de artes marciais e um cinema. O plano é que o anexo tenha 30 mil m2.
"Se a escala do memorial for pequena, ele não atrai turismo ou público", diz Michael Choi, consultor do projeto.
Lee nasceu em San Francisco, onde viveu até os três meses, quando sua família voltou a Hong Kong. Aos 18 anos, retornou aos EUA. Estrelou clássicos como "A Fúria do Dragão" (1971), "O Jogo da Morte" (1973/78) e "Operação Dragão (1973). Morreu em 1973, aos 32 anos, em circunstâncias misteriosas, e é reverenciado como responsável pela popularização do kung fu, que transformou em gênero cinematográfico.

Elvis asiático
Seus fãs comemoraram a notícia. Durante anos, eles organizaram manifestações para convencer o governo local de que a memória do astro é tão importante para Hong Kong como é a história dos Beatles para Liverpool, e de que a casa dele é um marco assim como Graceland, a mansão de Elvis Presley nos arredores de Memphis, no Tennessee.
"A maior dificuldade foi superada agora que o senhor Yu deu esse presente a Hong Kong", disse Wong Yiu-keung, presidente do Hong Kong's Bruce Lee Club. "Do ponto de vista do turismo, o museu atrairá muitos visitantes."


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