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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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NJ VÊ NY

Cidade divide com Manhattan as saídas que levam à Estátua da Liberdade e à ilha de Ellis

Jersey City espia metrópole vizinha

France Presse
Estátua da Liberdade, que foi um presente da França aos EUA, e atrás, luzes azuis no local onde estavavam as torres gêmeas do WTC


NOELI MENEZES SOARES
ENVIADA ESPECIAL A NOVA JERSEY

As torres gêmeas desapareceram da paisagem nova-iorquina há quase dois anos, durante os ataques do 11 de Setembro. Mas ainda assim é fascinante observar Manhattan e seus arranha-céus. Essa visão já justificaria uma visita a Jersey City, localizada às margens esquerdas do rio Hudson, de frente para Nova York.
Entretanto a segunda maior e mais industrializada cidade do Estado de Nova Jersey tem muito mais a oferecer além da vista: um interessante roteiro cultural e boas opções de compra (leia texto nesta página).
Jersey City, com mais de 220 mil habitantes, divide com Nova York suas principais atrações, a Ellis Island Imigration Station (Estação da Imigração da ilha de Ellis), portão de entrada dos Estados Unidos para mais de 12 milhões de imigrantes entre 1892 e 1954, e a Estátua da Liberdade. É possível ter acesso aos dois pontos turísticos por ambas as cidades.
Para chegar à ilha de Ellis, saindo de Jersey City, é preciso pegar uma balsa (que custa de US$ 4 a US$ 10) no terminal ferroviário de Nova Jersey.
Inaugurado no ano de 1889, o terminal teve um papel fundamental no transporte da região conhecida como "portão para a América" até 1950, quando começaram a abrir túneis e a construir pontes no Hudson.
No Museu da Imigração da ilha de Ellis, cuja entrada é gratuita, uma coleção de cerca de mil fotos, objetos pessoais e documentos levados pelos imigrantes de sua terra natal conta a saga das pessoas que fugiram, principalmente da Itália e da Rússia, em busca de oportunidades na América.
Na ilha, os imigrantes passavam por uma triagem, que incluía análise do currículo, da vida civil e política, da religião e dos costumes, além de exames de saúde.
Anarquistas e polígamos, por exemplo, não eram aceitos. Muitos tinham de tomar banho com desinfetante antes de embarcarem nos trens que os levariam a seus novos lares. Quem tinha a entrada negada era deportado.
O museu tem atividades interativas, como pesquisas para identificar algum antepassado do visitante que tenha estado na ilha, além de áudios e vídeos. São 14 salas com mostras permanentes. Há ainda exposições temporárias.
Após conhecer um pouco da história da imigração americana, o turista pode embarcar na próxima balsa que parar na ilha, sem pagamento adicional, e continuar o trajeto. A próxima parada é na Estátua da Liberdade.
O acesso ao topo da estátua -que foi um presente dado pela França aos EUA, em 1865, como símbolo de admiração do ideal americano de democracia, em comemoração do 100º aniversário da independência americana- está fechado desde os ataques terroristas ao World Trade Center. Mas é possível frequentar lojas e o museu na base, onde uma exposição relata detalhes da concepção e da construção da escultura.
No final, o visitante deve escolher entre pegar uma balsa que o levará de volta ao terminal e embarcar em outra que seguirá para o porto de Nova York, de onde é possível fazer o roteiro inverso.


Noeli Menezes Soares viajou a convite do Estado de Nova Jersey e da companhia aérea Continental lines

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