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NJ VÊ NY
Cidade divide com Manhattan as saídas que levam à Estátua da Liberdade e à ilha de Ellis
Jersey City espia metrópole vizinha
France Presse
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Estátua da Liberdade, que foi um presente da França aos EUA, e atrás, luzes azuis no local onde estavavam as torres gêmeas do WTC |
NOELI MENEZES SOARES
ENVIADA ESPECIAL A NOVA JERSEY
As torres gêmeas desapareceram da paisagem nova-iorquina
há quase dois anos, durante os
ataques do 11 de Setembro. Mas
ainda assim é fascinante observar
Manhattan e seus arranha-céus.
Essa visão já justificaria uma visita
a Jersey City, localizada às margens esquerdas do rio Hudson, de
frente para Nova York.
Entretanto a segunda maior e
mais industrializada cidade do
Estado de Nova Jersey tem muito
mais a oferecer além da vista: um
interessante roteiro cultural e
boas opções de compra (leia texto
nesta página).
Jersey City, com mais de 220 mil
habitantes, divide com Nova York
suas principais atrações, a Ellis Island Imigration Station (Estação
da Imigração da ilha de Ellis),
portão de entrada dos Estados
Unidos para mais de 12 milhões
de imigrantes entre 1892 e 1954, e
a Estátua da Liberdade. É possível
ter acesso aos dois pontos turísticos por ambas as cidades.
Para chegar à ilha de Ellis, saindo de Jersey City, é preciso pegar
uma balsa (que custa de US$ 4 a
US$ 10) no terminal ferroviário de
Nova Jersey.
Inaugurado no ano de 1889, o
terminal teve um papel fundamental no transporte da região
conhecida como "portão para a
América" até 1950, quando começaram a abrir túneis e a construir
pontes no Hudson.
No Museu da Imigração da ilha
de Ellis, cuja entrada é gratuita,
uma coleção de cerca de mil fotos,
objetos pessoais e documentos levados pelos imigrantes de sua terra natal conta a saga das pessoas
que fugiram, principalmente da
Itália e da Rússia, em busca de
oportunidades na América.
Na ilha, os imigrantes passavam
por uma triagem, que incluía análise do currículo, da vida civil e
política, da religião e dos costumes, além de exames de saúde.
Anarquistas e polígamos, por
exemplo, não eram aceitos. Muitos tinham de tomar banho com
desinfetante antes de embarcarem nos trens que os levariam a
seus novos lares. Quem tinha a
entrada negada era deportado.
O museu tem atividades interativas, como pesquisas para identificar algum antepassado do visitante que tenha estado na ilha,
além de áudios e vídeos. São 14 salas com mostras permanentes. Há
ainda exposições temporárias.
Após conhecer um pouco da
história da imigração americana,
o turista pode embarcar na próxima balsa que parar na ilha, sem
pagamento adicional, e continuar
o trajeto. A próxima parada é na
Estátua da Liberdade.
O acesso ao topo da estátua
-que foi um presente dado pela
França aos EUA, em 1865, como
símbolo de admiração do ideal
americano de democracia, em
comemoração do 100º aniversário da independência americana- está fechado desde os ataques terroristas ao World Trade
Center. Mas é possível frequentar
lojas e o museu na base, onde
uma exposição relata detalhes da
concepção e da construção da escultura.
No final, o visitante deve escolher entre pegar uma balsa que o
levará de volta ao terminal e embarcar em outra que seguirá para
o porto de Nova York, de onde é
possível fazer o roteiro inverso.
Noeli Menezes Soares viajou a convite do Estado de Nova Jersey e da companhia aérea Continental lines
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