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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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BATISMO GELADO

Diferentemente do corpo do homem, o da criançada, a ser moldado, facilita flexibilidade; as aulas de esqui começam a partir dos três anos e meio

Sintonia de pirralho com a neve faz inveja aos adultos

DO ENVIADO ESPECIAL A LAS LEÑAS

Para ficarem livres para esquiar, casais podem deixar os filhos com mais de dois meses sob o cuidado das babás da estação de Las Leñas. A partir dos três anos e meio, as crianças podem aprender os primeiros passos de esqui. Para aquelas de seis anos ou mais, há treinamento mais avançado.
Assim, não é de surpreender quando um garoto de sete ou oito anos demonstra uma sintonia perfeita com o equipamento.
Os mestres do "esqui-pirralho" passam em alta velocidade, realizam manobras arriscadas, como girar sobre o próprio eixo e descer de costas. Alguns são particularmente exibicionistas, com seus óculos escuros e aspecto de "bad boy" de jardim da infância.
O adulto que não sabe esquiar direito, quando assiste a uma aula de um grupo de crianças de quatro anos, entende por que é tão difícil para ele dominar a técnica.
Os aluninhos são cercados de atenção e carinho. A professora guia o pequeno esquiador até que ele perceba o equipamento como uma extensão dos seus pés.
O corpo do garoto está sendo moldado. O do homem está aprisionado na rigidez. Para o menino, aprender é uma brincadeira. Para o adulto, um suplício.

Esqui integrador
Diferentemente do que pode sugerir uma visão mais superficial do esqui -em que cada um parece se divertir por si mesmo-, há um forte componente agregador e familiar no esporte.
Com idades variadas, pessoas formam rodas animadas. No alto da estação, famílias se reúnem nos restaurantes de acesso possível somente a esquiadores. Na base da montanha, o ponto de encontro é o Innsbruck.
(EDNEY CIELICI DIAS)

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