ALEXANDRE SCHNEIDER
free-lance para a Folha

Ilha conflagrada a 50 km da costa sudoeste da Índia, a República Social Democrática do Sri Lanka tem origem no antigo Ceilão e conquistou sua independência do Reino Unido em 1948.
Coberto por florestas e dono de uma área de 65.620 km2 (equivalente à do Estado da Paraíba), esse país de 18,5 milhões de habitantes -cujo nome significa "ilha que resplandesce"- é marcado por acesos conflitos étnico-políticos.
À primeira vista, o Sri Lanka tem jeito de uma Índia tropical, com lindas praias e coqueirais. Mas bastam alguns dias para o visitante perceber que o cenário idílico tem um lado sombrio.
Ponto de chegada e partida para o viajante, Negombo é uma pequena cidade de pescadores a 30 quilômetros da capital, Colombo.
Graças à presença portuguesa no século 16, Negombo possui igrejas católicas, estatuária religiosa e habitantes chamados Antonio, Maria, Silva.
Porém o objeto que melhor representa a cultura cingalesa não foi trazido pelos portugueses. Trata-se da "oruva", uma embarcação muito encontrada em Negombo e que reflete o caleidoscópio de etnias do país insular. Feitos com madeira impermeabilizada com óleo de coco, esses barcos são instrumentos de trabalho dos pescadores locais há 2.000 anos.
Capazes de navegar a 50 km da costa, são construídos para durar cerca de 20 anos e podem ser alugados por quem quiser mergulhar na barreira de corais.
Colombo, a capital, tem 1 milhão de habitantes e faz as vezes de centro econômico e cultural do país, concentrando os maiores bancos, as agências de turismo e os mercados de artesanato.
Entre os monumentos históricos da cidade, destacam-se a igreja de São Pedro, a Casa da Rainha, residência oficial da Presidência, e a Torre do Relógio, onde há 140 anos funcionava um farol que orientou antigos navegantes. Todos ficam nas ruas centrais de Colombo, na região do Forte.


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