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CORAÇÃO DA CAPITAL
Região, que costuma ficar fora do roteiro dos turistas, é um dos endereços mais caros da cidade
St. Louis é ilha da tranquilidade em Paris
CLAUDIA ASSEF
DE PARIS
Menos famosa que sua vizinha,
a ilha de la Cité, onde está localizada a catedral de Notre-Dame, a
ilha de Saint Louis é um pedaço
charmoso de Paris que costuma
ficar de fora do roteiro de boa parte dos turistas.
Sorte, então, de quem a visita.
Para quem quer fugir das multidões dos pontos turísticos da capital francesa, a ilhota de cinco
quilômetros e meio de extensão é
um achado.
Banhada pelo rio Sena, a ilha de
Saint Louis é atualmente um dos
endereços mais chiques -e caros- de Paris.
Um simples apartamento de
quarto e sala, por exemplo, nunca
é alugado por menos de 10 mil
francos por mês (ou o equivalente
a quase US$ 1.500).
Para o visitante, o passeio pela
ilha vale como uma escapada de
Paris. Em Saint Louis, é possível
caminhar pelo meio da rua mesmo nos dias mais movimentados
da semana.
Junto com a ilha de la Cité, Saint
Louis é conhecida como o "coração de Paris".
Os primeiros habitantes da cidade se instalaram nas ilhas em
250 a.C. O nome da cidade, aliás,
deriva dos primeiros moradores
da ilha de la Cité, uma tribo de celtas chamada parisii.
Atendimento cortês
O ritmo menos frenético do turismo parece ter um efeito direto
no atendimento aos visitantes encontrado nos estabelecimentos
comerciais da ilha, como lojas,
restaurantes e cafés.
A sisudez dos garçons, dos atendentes e dos vendedores de Paris
passa longe de Saint Louis.
No restaurante Auberge de la
Reine Blanche, que fica na rua
central da ilhota, além da comida
honesta a preços razoáveis -menu com entrada, prato principal e
sobremesa custa 109 francos (US$
15)-, o garçom Cedric não se importa de repetir a história de Saint
Louis a todos os clientes.
Algumas lojinhas são particularidades da ilha. Na sorveteria Berthillon, que tem quatro lojas em
Saint Louis, fabrica-se artesanalmente o que só pode ser um dos
melhores sorvetes do mundo.
Diversidade de lojas
Em Saint Louis você encontra
lojinhas especializadas em tudo:
de moda jovem sueca a chapéus
antigos, passando por uma livraria que só vende livros históricos
sobre os distritos de Paris.
Se você gosta de cozinhar, não
deixe de visitar duas lojas de dar
água na boca.
Na Oliviers & Co., dá para encontrar tipos de azeite de oliva
vindos de toda a região mediterrânea. A visita vale a pena mesmo
que seja só para ver o cuidado
com que os atendentes tratam as
garrafas.
Na Lafitte, uma das lojas mais
antigas de Saint Louis, a pedida é
comprar foie gras. Mas não é
qualquer foie gras. Ali, você só encontra foie gras produzido na região de Landes, segundo os vendedores, onde se faz o autêntico
foie gras do sudeste da França.
Em Saint Louis o melhor é deixar o mapa na mochila e andar
sem rumo. A ilha é tão pequena
que você não vai se perder.
No número 19 da Quai de Bourbon, uma das ruas que dão vista
para o Sena, você vai topar com a
casa em que a escultora Camile
Claudel (1864-1943) morou entre
1899 e 1913.
A casa foi transformada em prédio de apartamentos, mas vale
uma visita ao seu pátio interno.
Peça para um morador deixar você entrar para conhecer, pois é
impossível abrir o portão sem conhecer o código de segurança.
Na rua St-Louis-en-Île, bem no
centro da ilha, fica a igreja de Saint
Louis. Sua construção levou quase cem anos -começou em 1664
e terminou em 1765.
Menos famosa que a Notre-Dame, a igreja, sozinha, vale a ida a
Saint Louis.
Tente visitá-la num dos dias em
que há o tradicional concerto de
música clássica. O único jeito de
descobrir datas e horários é ligando para lá. O telefone local é 0146-341160.
Como chegar - De Paris, o melhor é ir de
metrô (estação Pont Marie, linha 7) ou de
táxi. Se você alugou um carro, deixe-o no
hotel, porque é impossível encontrar vagas na rua e não há estacionamento pago por perto.
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