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Mercado deve sua origem a casinhas na ladeira
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mercado de São Paulo tem
234 anos. Não o prédio que conhecemos hoje, mas as chamadas "casinhas" da ladeira do
Carmo, onde ficava o primeiro
mercado fixo a vender cereais,
farinha e toucinhos da cidade.
Os mais abastados faziam
suas compras nas 15 lojinhas da
rua que ficou conhecida como
"das Casinhas". Enquanto isso,
os mais pobres compravam no
mercado informal, no largo da
Misericórdia.
Um salto para 1867 e o cenário muda completamente, graças a dois marcos na história de
São Paulo: no mesmo ano, é
inaugurada a estrada de ferro
Santos-Jundiaí e surge um
grande mercado na rua 25 de
Março com a General Carneiro.
Quando os tataravôs paulistanos iam às compras, encontravam 33 lojas que davam para
um grande pátio. Os novos produtos, que agora chegavam
mais facilmente do interior e
do litoral, dividiam espaço com
sujeira. Muita sujeira.
Mais um salto. Desta vez para
1920. O prefeito Firmiano de
Morais Pinto autoriza a construção de um novo mercado na
Várzea do Carmo.
O arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928), autor do prédio dos Correios e do Teatro
Municipal, entre outros, é chamado para fazer o projeto. Ficou com o artesão Conrado
Sorgenicht a autoria dos vitrais.
Os cinco mosaicos multicoloridos que até hoje podem ser
apreciados no mercadão são reproduções de fotografias que o
próprio artista fez do dia-a-dia
de trabalho da colheita da banana, na Baixada Santista.
Em 1932, um ano antes da
inauguração, o galpão serviu de
depósito de munição e quartel
improvisado para tropas paulistas da revolução Constitucionalista.
(PPR)
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